quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

2014 Secular!

Por um 2014 mais secular! Pois o pluralismo religioso é a comprovação direta da crise das igrejas! Com efeito, isso não nos impede de sermos cristãos, afeitos à oração, a tentativa inútil de nos aproximarmos do Cristo... Nada nos impede ainda de vermos em Deus a resposta para tudo o que ainda não tem resposta, mesmo sem a igreja por perto... Onde tem alguém pregando em nome de Deus sob a égide de uma igreja qualquer, já começo a desconfiar, porque vai querer algo além da minha fé! A minha fé não pertence a nenhum pastor ou padre, ou líder religioso. A minha fé pertence àquilo que dedico minha crença, e nada mais... Isso é ser devoto a Deus, é buscar ainda assim os princípios cristãos de irmandade, desconfigurados da relação com as igrejas, e por si só, rejeitado pela sociedade atual, que apesar dos valores iluministas tão nítidos em nossa época, ainda mantém em seu amâgo a atitude de um radical, e vive como se vivêssemos no velho testamento... Não me acho o escolhido, longe de mim pensar assim, nem penso ser a pessoa certa para a salvação, não sou tão hipócrita! Aqueles que vão em um culto, missa, o escambal e depois se comportar ao avesso do que foram buscar são piores do que os que não frequentam a igreja...

domingo, 2 de junho de 2013

A Fórmula do Existencialismo de Sartre

Penso que se concentrar com tal obstinação nas atividades de escritor, como o fez o filósofo francês Jean-Paul Sartre, foi uma forma não convencional de se curar de alguns defeitos internos, relacionados a desvios de conduta, postura social, comportamento, etc. No entanto, esse tratamento foi na realidade um paliativo, que talvez em seu julgamento estava suficientemente bom. Pensando ainda melhor, também não há nada de errado com isso, e até mesmo pode se considerar que exista algo de positivo. O nosso escritor francês, dado sua formação conturbada, como fica evidente em As Palavras, sua autobiografia, desenvolve vários transtornos em sua psiquè, como os relacionados ao sexo. Quando se percebe então doentio, resolve ser  ao mesmo tempo médico e paciente. Inventa então seu próprio emplasto que lhe proporcionará sua forjada cura. É mesmo esse emplasto sua tábua de salvação e o que lhe trará de volta para o seio da sociedade civil, desta feita não mais como mero participante, mas também como inventor da história e até de sua própria história - estará fundado o existencialismo. Sua doença é nítida a medida que percebemos por exemplo sua aproximação com Freud, sua procura de entender a psicanálise, também sua identificação com grandes personalidades, todas detentoras de mazelas mentais. É só analisarmos por exemplo, Flaubert. Realmente um dos coadjuvantes para potencializar seus transtornos pode bem ter sido como o próprio Sartre nos revelou a descoberta de sua feiura, e também porque não de ser zarolho e baixinho para a média. E eis que é o próprio Sartre quem nos fornece a fórmula para o que aqui buscamos: provar que por trás dessa obsessão em escrever, e até mesmo das bases da ideologia existencialista, existe um ser tentando se proteger, se curar, se desvencilhar e se salvar de si mesmo. É o próprio filósofo quem nos comunica em seus Les Carnets de la Drôle de Guerre Percebo que nessa atitude (sua obsessão) existe uma segurança irritante para os outros porque ela vem, apesar de tudo, de algo que deixei intacto em mim mesmo, por baixeza. É, mais uma vez Freud estava certo!
Quando transcrevo um texto que foi traduzido temo sempre que o tradutor tenha sido melhor que o autor.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Skeleton Keys

Andei por trilhos tortuosos, nessa primeira quinzena de maio, em visões rimbaudianas de caos, de interrupção. A vida destituiu-se de sentido, mas não a vida enquanto conceito, mas a minha vida. Perdi-me por alguns dias, algumas horas. De fato, não estava especialmente perdido, estava procurando o tempo inteiro me encontrar. Um reencontro consigo mesmo em vez de quando é necessário. Mas também não sei até que ponto isso possa ter resolvido algo. Estou descrente em relação a mim mesmo. Bom, e se eu mesmo não acredito em mim, a coisa é séria! Já viu autoestima mais baixa? Pode parecer só mais uma crise existencial, uma de tantas outras em todos os meses. Essa languidez que carrego desde os meus quatorze anos de idade, tem suas origens no convívio social e já me trouxe muitos problemas.
 
Vivo de recomeços mesmo, e é sempre um pretexto para tentar se livrar do passado, se livrar do fardo de ser quem se é. Na minha percepção mais sensível, não sou apenas eu dono destes sentimentos, mas nem todos conseguem admitir, e criam mecanismos para ludibriar essa falta de sentido, esse vazio. Afinal de contas, que sentido pode haver para nossas vidas, ainda mais em tempos de pura anarquia!?. Como encontrar o sentido na correria de cada dia, em nossas mentes cansadas, nossos corpos fartos do trabalho, dos peso social, da carga psicológica nossa e dos outros? Tentamos desesperadamente nos agarrar a Deus, único sentido para a falta de sentido. Mas em contrapartida, estamos tão distantes dos princípios do cristianismo.
 
 
Destarte, sem a busca não há sentido. Vai saber se por fim, na morte não estejam mesmo as skeleton keys, como em Jonh Keats. Bem, todos sabem, no fim esperamos pela morte. Em qualquer mitologia e até mesmo na própria tradição cristã a morte enseja a passagem para o novo, para  aquilo que não compreendemos mais. Com efeito, não dá para ficar apenas esperando o advento da morte para só então entender o que se passou e/ou o que virá. Também não parece adequado abreviar a passagem para essa terra adiantando o desvendamento do mistério, sem ao menos saber quais as consequências de tal ato no porvir. Melhor deixar o tempo correr, fugir como manda nossos instintos mais primitivos dos perigos de morte, proteger a vida como nos ensina o cristianismo, apesar de sabermos que a morte pode mesmo ser a chave de tudo, donec aliter provider*.

*até que se proceda diferente.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Prova de Deus, e não à Prova de Deus.

         
          Pode até ser que a história  do mundo e do homem não seja nada do que nossa tradição nos ensinou, mas daí para negar a Deus já é outra delírio. Como negar essas sensações que me acompanham de equilíbrio, força, sabedoria quando oro a Deus, quando tento andar reto, com o oposto, a angústia, a dor e o sofrimento que me acompanham sempre que me afasto do Soberano? Como negar a permissão que existe em cada amanhecer para que eu abra meus olhos, levante da cama e comece o meu dia? Essa permissão é algo divino ou natural? E se for natural, de onde provém a natureza das coisas se não for de uma liberação e existência divina. É por isso que sempre que busco invocar a Deus, busco também pedir o perdão pela minha ignorância e pelos limites de minha sabedoria, pois posso muito bem estar acreditando em algo que não seja assim por dizer, tão divino, que possa ser até mesmo obra do demônio. Deus, se é Deus, já sabe de tudo isso, mas a minha atitude de me prostrar diante do Altíssimo e lhe suplicar o perdão demonstra o meu temor, a minha devoção para com Ele.
          Outra argumentação plausível é referente a Jesus Cristo, como único filho (João 3: 16-17), quando na verdade todos nós somos filhos de Deus Pai. Deus, em sua onipotência, poderia enviar quantos filhos fosse de sua vontade. Para que o Pai, criou, através de Jesus, todo um caminho para o Homem percorrer, tão diverso das disputas narradas no Antigo Testamento, a ponto de deixar confusa as cabeças alheias? Para que um Deus precisa se personificar em Humano para dar ao Homem a salvação eterna? Para que passar seu filho por extremo sofrimento, se é ele Deus? Será que se vangloria, que é complacente com o sofrimento? Tudo isso só faz me crer mais e mais em Deus e em Jesus Cristo. Pois, em contrapartida, também me pergunto: o que faz com que um homem passe por tantas provações, como Jó, como o próprio Jesus Cristo, sem nunca renegar o nome de Deus? Deus sendo Deus parece não agir como tal. Mas só parece. Em verdade, O Grande Criador está a cada dia impondo suas mãos para que esse mundo continue, para que todos possam passar pelo milagre da fé.
          Estava outro dia analisando a situação, por exemplo, dos índios. É sabido que a 512 anos atrás, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, proveniente de Portugal, nas caravelas, encontrou aqui selvagens que jamais haviam cruzado com a figura do homem civilizado. Esse selvagens, mesmo sem conhecer nada dos Evangelhos, pois nada chegou até eles até aquele ponto, adoravam deuses como o Sol, a Lua, as Estrelas, e tinham um profundo respeito pelos seus mortos. De onde vem esse sentimentos de que existe algo maior, de que o mundo pode não ser só o que se desponta diante dos olhos, como a mata a sua frente, as praias, os rios, os animais, etc.? O índio, sabiamente é um Ser Humano, é Homem. Quando Jesus morreu na cruz, abriu as portas do paraíso, sendo que ninguém chega a obter sua salvação senão através de Jesus Cristo, seguindo o Cristianismo. O Cristianismo é então o caminho da Salvação do Homem. Agora me pergunto, mesmo aquele índio que morreu antes de conhecer o Evangelho, seria salvo ou condenado para sempre? Se for condenado, que culpa ele, o índio, teria pela sua ignorância? Enfim, o curioso é que os índios eram figuras humanas de fé, que já constituíam um misticismo próprio. A Fé é mesmo um grande mistério!

sábado, 16 de março de 2013

Excertos do meu Livro


Perdemos o sentido da vida facilmente. Não é preciso muito não! Uma doença, um desafeto, uma decepção, somos muito fragilizados a estes tipos de emoção. O ser humano não foi feito para amar e sim para sofrer, e isto é até biblíco. Aprendi isso depois que comecei a ficar doente. Meus dias são tão negros! Eu sei que nem todo mundo sofre deste mal ou algo parecido. As pessoas ainda acreditam na felicidade, mas para mim, quando falo de felicidade, é como se estivesse falando de algo apenas imaginário, mas nunca atingível. É possível, acredito, que tenhamos momentos felizes. E talvez seja apenas isso que me resta porque essa vida é demasiado confusa! Há sempre aquele que pensa viver num conto de fadas onde tudo é belo e bom. E há aquele que vive a realidade dura e crua, sem qualquer emoção. E há o meio termo, a terça parte e o um terço. E há tudo isso num só ser. Eu já provei do gosto amargo da vida e já sou suficientemente adulto em relação a isso.

***

Então eu nasci para fazer o quê? Essa acaba por ser uma pergunta muito difícil, porque hoje podemos pensar que é uma coisa e amanhã vamos descobrir que é outra totalmente diferente. Eu gostaria de ser escritor, mas quando me deparei com a possibilidade de decidir meu futuro, pensei mais no conforto e na segurança. Como funcionário público certamente teria estabilidade no emprego. Então, acabei por fazer a escolha da opção mais cômoda. Estudei durante todo um ano para passar em um concurso público, e consegui passar entre os primeiros colocados o que já me garantiu a vaga. Depois vem o aprendizado da nova profissão, os novos colegas, a inturmação, as descobertas, e isso vai comendo anos e quando a gente se dá conta já fez a escolha que decidira sua vida, já está a meio passo dela se findar e acabou por fazer tudo errado. O medo, a insegurança, a falta de imaginação e confiança em si mesmo levaram-me a querer logo decidir minha vida, já nos primeiros anos da vida adulta. Casei-me com uma mulher que amava, e que mudou muito em cinco anos. Temos um filho em comum. Separei-me quando comecei a ter rompantes de melancolia e quando comecei a tentar resgatar todo o tempo perdido. Por essa época, eu me trancava na biblioteca e lia de forma exacerbada. Até mesmo no trabalho, se tinha alguma folga puxava um livro. Em casa a noite, de madrugada, estava sempre estudando. Estudei muita filosofia, comecei a escrever diários, e perdi a mulher. Não sei o que aconteceu primeiro nesse caso. Confesso que nisso tudo não há sequer arrependimento, ao menos fiz um esforço para recuperar aquele que eu queria ser. Montei uma biblioteca particular, mudei-me para este apartamento que me permitia ter um quarto só meu, onde montei um escritório. Comprei uma secretária antiga, que seria meu local de trabalho. Enquanto estivesse em casa eu iria trabalhar na produção literária e filosófica. Durante dois anos me favoreci de meus estudos, aplicando aqui e ali o que eles me ensinaram, de maneira tão precisa que não deixava margens para dúvidas sobre o sentido da vida. E de repente veio a surpresa, minha rotina se diluiu, meu mundo se desmoronou, mudara o ponto de onde obtinha meus pontos de vista, e agora estou aqui, vazio!

 

terça-feira, 12 de março de 2013

Para quê Filosofia?

          Não é raro encontrar alguém que questiona o motivo do meu interesse pela Filosofia, como se de fato estivesse se dirigindo a mim com a pergunta: qual a utilidade da Filosofia em um mundo como o nosso? Não sei se é algo que possamos chamar de dom, aptidão, enfim, ou o que for, o fato é que até já tentei mas não consigo me desligar da Filosofia e dessa cisma de querer questionar a realidade. A Filosofia é o que me permite, por exemplo, perceber que a visão de quem me questiona buscando principalmente uma utilidade para a Filosoifa é porque não percebe a utilidade que ela realmente tem, com sua mente já contaminada demasiadamente pelo pragmatismo da convulsão do mundo moderno. Não estou me esquivando de responder qual a real utilidade da filosofia, apenas estou situando nossos questionadores em relação a sua forma de pensar.
         Então, a Filosofia, ou melhor, as filosofias, porque "a Filosofia" é uma "abstração hipostasiada" como bem disse Sartre em Questões de Método, é sempre esteve presente na História da Humanidade, cada época com sua Filosofia, tivemos o momento de Descartes com a Razão, de Locke com e Experiência, de Kant com as Luzes, e agora vivemos a filosofia de Marx, o materialismo dialético, enquanto necessitarmos produzir para subsistir dentro de um sistema capitalista. No link http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3stase temos uma idéia do que é hipóstase, a segunda parte do texto que cita Questões de Método foi elaborada por mim (uma vez um médico se gabou porque editava o Wikipédia, fiquei quieto na hora, rindo por dentro, porque provavelmente ele nem imaginava que eu também contribuía para a construção dessa extensa biblioteca que é hoje o Wikipédia, e com conteúdo filosófico ainda). A maioria das disciplinas que estão hoje no topo da evolução humana, guiando nossa caminhada por este mundo, tiveram seu início nas filosofias, como a Matemática, Política, Economia, Psicologia, Sociologia, etc. Só por isso já perceberíamos o quanto superficial e infundada pode ser o questionamento de quem acredita não haver a Filosofia papel a exercer nesse mundo. No pós-guerra em uma França humilhada pela rendição ao regime alemão na Segunda Grande Guerra, foi a filosofia, ou melhor, ideologia (porque o existencialismo colheu no marxismo também) de um homenzinho, Jean-Paul Sartre, que alimentou a moral do povo francês, impulsionando-os a criação de uma nova França.
          Mas se ainda assim os nossos questionadores pragmáticos não se derem por satisfeitos é necessário então que nós ainda melhoremos nossos esclarecimentos. Talvez justamente por termos cada vez mais abandonado o hábito de nos questionarmos sobre nossas vidas, nossa Ética e Moral, nossas crenças, nossa posição no Universo, nossos sistemas e instituições, por justamente não querer conhecê-las em seus pontos mais fundamentais, não querer desvendá-las ou revelá-las como fez Foucault com o Poder em Microfísica do Poder, é que acabamos por sermos apenas escravos do sistema, dos paradigmas vigentes, com o pensamento cada vez mais estanque, querendo ainda perceber apenas o lado prático do mundo, esquecendo até mesmo de quem somos. Já que a idéia é ser pragmático, então eu pergunto, de que adianta ter uma vida sem questionamentos? Ou melhor ainda, o que você ganha fingindo que o perigo não é real, como em Sheep do Pink Floyd https://www.youtube.com/watch?v=2ClY3-6Jk4Q ou as ovelhas do conto de George Orwell, A Revolução dos Bichos. Enfim, sem filosofia o Ser Humano fica igual uma barata envenenada...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia das Mulheres

         O Dia Internacional da Mulher pode bem ser um machismo! Isto é, uma forma do homem se insurgir contra a mulher, demonstrando que ela ainda está subordinada aos machos da espécie. Pelo mundo, este dia deve ser acompanhado por passeatas e manifestações em prol dos direitos feministas. Eu, particularmente, devo acompanhar isso de perto, até porque entendo ser este um acontecimento mundial, um fato internacional, algo que mereça atenção e em algumas situações até mesmo respeito. Nesse dia, um livro que nunca li, mas que deveras já ouvi falar, salta-me à memória: O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir. Parece-me que a Simone tenta ser a arrebatadora liderança no conceito da mulher moderna, escrevendo sobre os nossos costumes machistas. Acredito que esse seja um livro nada cristão, pois que não se espera isso mesmo de uma autora ateia, mas que devesse ser leitura obrigatória a toda mulher, até mesmo para se situar no mundo, e saber se posicionar contra as investidas feministas. Dizer ser feminista e nunca ter lido esse livro é como dizer ser muçulmano sem nunca ter lido qualquer linha do Alcorão. Bem, quando critico o feminismo é por talvez não perceber as diferenças entre homens e mulheres. Não vejo propósito em serem iguais. Em matéria de Direito Civil, concordo plenamente que haja igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres. No mais, não vejo a mulher como alguém que deva se posicionar socialmente a ponto de abarcar com todas suas responsabilidades isoladamente, na criação dos filhos, no sustento do lar, nas tarefas do dia a dia. Essa função ainda tem que ser desempenhada pelo homem, e não é submissão se sujeitar a isso, é sabedoria, é buscar um homem digno, é ter atenção para com os filhos e o lar. Mas enfim, entendo que dada as situações econômicas é cada vez mais difícil no mundo famílias em que o homem é o provedor do lar. Também é cada vez mais difícil mulheres interessadas em terem filhos, em formar famílias, em serem principalmente donas do lar. Não digo que por isso a mulher não possa estudar, se aperfeiçoar, ser mais em matéria até de conhecimento. Mas tendo certeza já que serei mal compreendido e ainda taxado de machista, quando machismo mesmo é querer que a mulher trabalhe, é querer igualar ela a condição de homem, deixo aqui o meu Feliz Dia das Mulheres, e que sejam respeitadas, indiferente à posição que ocupem na sociedade. Esses são os votos do MundoInterrogado .
 
No link abaixo é possível realizar a leitura integral em PDF do livro supracitado

terça-feira, 5 de março de 2013

Poesia para um Soldado que virou Primeiro - Tentente e não sabia Gerenciar, mas acreditava que sabia, e que estava sempre fazendo o certo...

Com isso registro meu desprezo por alguém que não sabia gerenciar...


Poesia de um Soldado que virou Primeiro-Tenente e não sabia Gerenciar, mas acreditava que sabia e que estava sempre fazendo o certo...

De nós, ele era o mais comportado
 Era aquele que parecia fazer sempre certo
 Estava sempre a tudo vinculado
 Chegava a ser chato de tão correto

Aí deram um passo a frente
 E disseram: temos uma vantagem
 Você agora vai ser primeiro tentente
 Vai poder gerir sua camaradagem

Mas eu nunca confiei em gente desse tipo, não fiz mal
 Porque sempre duvido dos que são certos demais
 E eu não estava errado, porque atrás
 Disso tudo se escondia um tirano bossal

Que simplesmente eliminava os que estavam a sua frente
 Da forma mais covarde e cruel
 Tudo para subir mais ainda, ser competente
 No final ainda queria um aperto de mão sorridente

Mas eu não sou hipócrita suficiente
 Porque essas pessoas não merecem respeito
 Ele se habitou a dar com os dois pés no peito
 De quem tentava fazer diferente...

É melhor ficar então reduzido a soldado
 E não atravancar a vida alheia
 Cada um planta o que semeia
 Se não serve pra comandar, seja ao menos sensato

Se bem que na verdade não era nem soldado
 Porque não era bom com os equipamentos, com o fuzil
 Queria era ficar de conversa no covil
 E tinha medo de pegar como os outros no pesado

Renuncie e deixe outro que seja capaz brilhar
 Que tenha coragem, saiba tomar decisão
 Que as pessoas marionetes não são
 Para voce brincar de gerenciar...

E que o fantoche real era ele, não percebia
 Porque tudo para o major levava
 Querendo estar seguro o covarde imaginava
 Sem assumir os riscos do cargo que exercia

A vida não permite ensaios, não é teatro
 você já ensaiou demais
 Seja franco meu rapaz
 Saia do armário ou não se viu nesse retrato?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

          Meteoritos na Rússia! Mais de cem mil golfinhos na costa da Califórnia - EUA! Meteoros no Brasil?! Seria prenúncios dos fim do mundo? Bobagem espacial e biológica? O fato é que após os meteoritos uma certa sensação parece nos incomodar, não é mesmo? Bem, talvez os mais tenham errado apenas uns dois meses! De igual modo, se chegarmos a um fim do mundo, como se espera, todo o agito nessa terra por humanos desde o começo da era racional foi em vão. Mas também, um fim de mundo não é algo de se estranhar, se levarmos em conta tudo o que temos feito para a preservação do planeta. Não sou ambientalista, nem ecologista, mas tenho consciência do câncer que é o homem na Terra. Talvez isso seja um teste, provocando os países mais desenvolvidos, Rússia, EUA, China a se unirem na tentativa de criarem um escudo espacial contra esse tipo de ameaça. Bem, mas e o comportamento dos golfinhos? Seria só mesmo uma oferta abundante de algum alimento preferido deles nas águas da Califórnia, ou realmente é a premonição de que algo está por vir? Sabe-se que o Japão utiliza peixes para prever terremotos. A pergunta que não quer calar é: quem está pronto para o fim do mundo, ou melhor, quem se sente preparado para a morte? Quem agora se morresse, morreria com sua consciência tranquila, sabendo que fez tudo o que podia, que não tem dívidas com Deus e nem com a Terra?
          Uma coisa interessante é que as ondas de som produzidas pelo choque dos meteoritos na atmosfera, captadas por aparelhos especializados, em várias partes do mundo, não ouvidas por ouvidos humanos, podem ser ouvidas por baleias ou elefantes. Poderia ser uma explicação para o comportamento dos golfinhos. (http://fimdostempos.net/explosao-do-meteoro-na-russia-foi-ouvida-em-todo-o-mundo.html)
           Por fim, talvez tenhamos que repensar nossas vidas, e buscarmos viver mais em harmônia conosco, e também com Deus e a Natureza.

Em paz...
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Direito & Filosofia

          Quando resolvi estudar Direito minha intenção era unir  o útil ao agradável, ou seja, estudar Filosofia mas não sem ser dentro de um ofício que pudesse me ser rentável. Bem, claro que meu pensamento estava demasiado velado, pois que, se estudasse filosofia pura, fazendo uma licenciatura em filosofia por exemplo, poderia futuramente lessionar e ministrar palestras, congressos, de forma a ganhar o suficiente para sobreviver. Então, salvo esses pequenos erros de avaliação, acabei mesmo começando a faculdade de Direito, e fui pouco a pouco tomando gosto pela coisa. Certo também é que muito pouco se discutiu sobre ética e moral, como eu imaginava, que permeariam toda a doutrina do Direito. No entanto, uma nova descoberta se deu: o Direito vem do cotidiano humano para retornar a ele, e manifesta condutas, orienta as ações humanas, coordena o movimento do homem sobre a terra - e é isso o que tem de essencialmente filosófico! A história dos homens é a história do Direito.
          Outro fator interessante é o da cultura. Como podemos notar, o Direito alemão é diferente do Direito Romano e Francês, tanto um como o outro ajudou a civilização tupiniquim na construção de suas leis. Então cada manifestação das faculdades humanas em determinado local e época gera uma forma de ver a avaliar a relação dos homens. No direito Francês o próprio contrato por exemplo, já transfere o domínio da coisa vendida, enquanto no Direito alemão, de cunho Romano, é necessário que haja a tradição ou transcrição para que haja transferência de domínio. O estudo do Direito Comparado permite então uma crítica dos sistemas jurídicos por comparação a outros sistemas, bem como o seu desenvolvimento. Estudar Direito então, além de proporcionar um conhecimento sobre a prática real das relações humanas no âmbito das leis, dos contratos, das relações econômicas, sociais (trabalho) colabora para o desenvolvimento crítico filosófico. Os grandes filósofos como Platão, Immanuel Kant, Karl Marx, Hegel, Rousseau, Hobbes, Montesquiéu, só para citar alguns, durante suas vidas se ocuparam do Direito, elaborando teorias, refutando pensamentos, criando sistemas, que validariam ou inviabilizavam a aplicação do Direito nas mais diversas situações. Foucault mesmo, nosso filósofo francês quase contemporâneo, ocupou-se do Direito Penal ao tomar a pena como tema de seus estudos, em por exemplo Vigiar e Punir, bem como a construção das prisões, o sistema penitenciário. Filosofia e Direito se entrelaçam e andam assim lado a lado.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Lei Divina e Lei dos Homens

          A lei dos homens é algo por vezes extremamente interessante. Dá-se o nome genérico de Direito ao conjunto dessas leis. Sendo assim, o Direito é o conjunto de leis genericamente criadas com o fim de organizar a sociedade no que tange a suas relações humanas e com o meio. Na linguagem de Immanuel Kant "o direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade". Não podemos então dizer que na antiguidade não existia Direito, pois que já se tinha certa regulação, por exemplo, no período que antecede à vida de Cristo temos o Direito trazido pelas tábuas de Moisés que possuem origem divina, mas que de igual modo são dirigidos a todos os homens. A lei de Deus era assim tanto especial quanto geral, pois trazia em seu bojo "artigos" que possuíam uma conotação direta bem como outros que serviam de instrução normativa geral. Mesmo as civilizações mais primitivas possuíam uma espécie de apoio normativo que definisse as relações dos seus indivíduos. A medida que as relações humanas foram se tornando mais complexas, também o Direito foi evoluindo de forma que hoje, por exemplo, no Brasil temos uma gama muito grande mesmo de leis e dispositivos legais que subsidiam as relações dos homens. Em meio a esse verdadeiro emaranhado de contas legais, também nossas condutas sobre a terra são orientadas pelas leis divinas e pela moral. Com tudo isso funcionando na atualidade, - claro que não questiono  a qualidade deste funcionamento aqui - ainda assim o homem vive em um verdadeiro caos, e numa constante onda de violência e desordem que vem ameaçando todos os dias sua frágil existência sobre este planeta.
          Tanto a lei dos homens quanto a lei de Deus punem os homens que se desviam de seus ordenamentos, também aqui a qualidade dessa punição pode ser uma das causas da diminuição da eficácia das leis, principalmente as penais. Não há o que se falar aqui da qualidade da punição das leis divinas, posto que tais punições estão para uma situação pós-morte. Mas não se deseja assim a punição meramente, mas sim o seu reajustamento a ordem, por isso também existe o perdão e a misericórdia divina. Já nas leis dos homens o que protege o indivíduo da punição é o sistema. Através da corrupção, das falhas do próprio ordenamento, da ação do tempo, etc, muitos são os que são injustiçados, ou porque são punidos de forma indevida, ou porque não são punidos quando deveriam ser, sendo que seus atos que normalmente atingiram a outrem, deixa o outro a mercê da justiça pessoal, porque a justiça elaborada não consegue alcançar alguns indivíduos. A Lei Divina não falha em suas punições, ela é absolutamente justa porque Deus é justo. A lei dos homens é eivada de erros, de incompletudes, de falhas e deslizes. Isso também é um fator que sofre diferenças singulares de cultura para cultura.
Immanuel Kant
          Por fim, hoje questiona-se a qualidade desse Direito, sendo que existe algumas correntes de pensadores tentando mudar a forma como o Direito está sendo construído, por exemplo, os pensadores do Direito Alternativo. Mas ainda assim, o Direito é o que temos de melhor para regular as condutas dos homens, por mais que seja repleto de falhas. Sem o Direito, estaríamos vivendo em pleno caos. O Direito torna a vida em comunidade possível. É uma ferramenta humana, que pode ser empregado tanto para o bem como para o mal, mas que em seu sentido tautológico, busca uma melhora da condição humana, permitindo a coexistência, o convívio. Até onde a lei dos homens encontra fundamentos na lei divina, e vice e versa, é uma questão interessante de ser avaliada. Sabemos que, quanto mais próximo o homem estiver da lei divina, mais próximo estaria também da plenitude, da felicidade eterna, do esplendor. Quanto mais próximo o homem estiver das leis humanas, mais estará apto ao convívio em comunidade, a ser um ser ético, responsável com sua humanidade.
 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um Pouco de Mim Mesmo

          Novamente um recomeço! De tantos recomeços eu já nem sei mais o que estou recomeçando... Perdi-me, é certo! Resgatar-me será tarefa árdua! Recuperar-me e recuperar Igan Hoffman. Só há uma forma de execução: mudar! Mudarei pura e simplesmente por estar cansado de ser como tenho sido, por estar cansado de tantos e tantos recomeços. Quanto tempo perdido! Hei de pagar caro, certamente! O que eu fiz de mim não vale uma página deste blog, não vale! Mas ainda tenho os dedos ágeis para a digitação, ainda tenho o cérebro aceso quando necessito dele, ainda sei que a maioria dos meus problemas não encontraram solução e são também o problema de muitos outros. Por mais que essa tontura me atrapalhe, essas dores no pescoço me tirem a tranquilidade, eu ainda vivo. Enquanto vivo pretende escrever, registrar, marcar o espaço que ocupo com palavras. Não sei fazer diferente e não pretendo ir muito além disso. Minha vida que era para ser assumidamente  a de um escritor, não pode ainda seguir por esse rumo exclusivamente, mas eu continuo tentando, sem mesmo saber se vou conseguir, seguindo apenas com o propósito.
          Um café, o cigarro que já não fumo mais, uma mesa para apoiar o notebook, a mão passando no queixo, na barba, na testa, a atitude reflexiva. O pensamento vai além dessa tela, além dessa sala, além desse prédio. Acho que preciso de óculos! Enquanto estou aqui nessa posição, exercitando minhas faculdades mentais no ofício de escritor, estou feliz! No silêncio desta sala eu me sinto um pouco só. Seria bom também escrever em algum lugar com certa movimentação de pessoas, para sentir a realidade mais perto e fugir um pouco da solidão. Entretanto, o escritor é sempre um solitário! Sinto falta de um cigarro! O tempo corre e eu sinto que esse tempo que passou não foi em vão. Consagrei vinte três minutos de minha vida, agora, a digitar o que aqui vai, a marca deletéria de minha existência absurda...
          Saudade dos clássicos modernos. Saudade de ler Sartre, Nietzsche, Foucault, etc. Saudade de conversar com Jonhn Mafra, noite adentro, sobre os grandes problemas da humanidade. Saudade de uma vida intelectual ativa, não essa vida de suçuarana. Saudade da minha terra! Saudade de minha filha! Saudade de minha avó que conheceu a morte! Não, meu coração não é este porto de melancolias daquilo que já passou, mas em algum momento do passado eu me perdi, e desde então minha vida foi um eterno procurar a si mesmo. Gostava quando eu ficava em casa lendo o dia inteiro, escrevendo, desenhando, enfim, quando eu tinha uma vida intelectual ativa, mesmo que não conhecida, mas minha que me dava orgulho de ser, de existir. Parece simples uma mudança agora, mas não é, a vida de outras pessoas está agora em jogo, como a da minha filha por exemplo. Somos aquilo que fizemos do que foi feito da gente, já dizia Sartre. É isso que sou agora, sem mais...
 
 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bando de Entulho!

         Criticar a sociedade? Já não é mais uma mera perda de tempo fazer qualquer coisa nesse sentido? De que adianta a crítica se já ninguém tem mais paciência para críticas. E também já ninguém mais acredita em qualquer mudança social.
          Hoje mesmo quando estava indo para o trabalho peguei um trânsito infernal. Fiquei pensando comigo "quem criou essa desgraça toda de veículos?". Fiquei pensando em quantas porcarias criamos sem saber, em como talvez a vida fosse bem melhor quando anoitecíamos à luz dos lampiões. Mas eu nunca anoiteci á luz de um lampião, como posso então saber disso? E talvez não é que a vida não seja boa, a minha vida talvez é que não esteja boa; digo boa mesmo o suficiente para mim, para meus critérios, para minhas exigências. Porque pode em certos momentos não transparecer mas sou exigente em relação a minha vida. Tão exigente que chego as vezes a ter ódio de mim mesmo, por não ter feito certa coisa, por não ter aproveitado as horas, por não ter tido disciplina, por não ter sido mais esperto. Mas é como a vida é, entre erros e acertos e tropeços, vamos criando nosso caminho a medida que caminhamos. Se ando entre espinhos é a nível de experiência então, não por masoquismo.
          Está bem, que alguém diga "como podes criticar os veículos se era um que te conduzia para o trabalho?". Mas também eu estou fazendo minha parte de destruição. É certo que poderia utilizar uma bicicleta, mas primeiro fizeram estradas para os veículos, depois tentaram alguma coisa de ciclovia. O trajeto de casa até o trabalho de bicicleta oferece muito risco. Sendo dessa forma o jeito foi pegar o meu carro e seguir destino com ele, vivendo um outro modo de alienação que já comentei em post anterior. Ainda assim, ao menos tenho uma consciência disso, que no fundo não resolve nada também. Fica a decepção de nada poder fazer, a frustração de viver só por viver, só porque se está vivo.
          Desculpem-me essa depressão tão dylanesca. Não faço de propósito, apenas sinto. Normalmente procuro não me expor deste modo, mas tem momentos que se torna tão sufocante que é praticamente impossível não pensar e escrever assim. Mas mesmo assim, ainda não é o momento de desistirmos. E como eu sei disso? Eu não sei de fato, eu apenas sinto. Mas mesmo no dia a dia é possível observarmos ainda algumas cenas que nos dão um pouco de esperança, mesmo que seja falsa esperança. Meu maior risco ao escrever essas coisas é de fato de ser mal interpretado. Mas ainda é preferível correr o risco do que ficar parado, atônico, sem ao menos vomitar. E esse é um vomito tão sincero!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Minha Filha


Acordei chorando! Minha filha está indo morar a 300 Km de mim! É uma distância bem considerável. A culpa disso tudo estar acontecendo é do divórcio que bem pode ter acontecido por culpa minha, ou de ambas as partes se formos capaz de entender de outra forma. Eu amo minha filhinha, mas nesse mundo nada é de fato nosso. Só quero que ela saiba que sempre vou amá-la. Ela não deve estar sabendo da dor que está no meu coração agora. Nada nos consola... E eu raramente choro... De todos os desencontros dessa vida, este está sendo de longe o mais doído. Queria escutar palavras sábias de minha nona, mas ela não está mais entre nós desde o ano passado. Estou sozinho agora, pensando em com o encarar a vida e as coisas daqui para frente, sem parecer alguém ressentido. Confesso que, obviamente se eu pudesse traria ela para morar comigo. Quem sabe um dia isso possa ser possível. No momento vou ter que buscar conformação, e tentar visitar ela sempre que possível. O dinheiro e o tempo estão curtos ultimamente! Tempos de vaca magra!!! Vencer as barreiras econômicas e de Kronos para então poder gozar de mais tempo ao lado de minha amada filha. Bem, é um desafio que tenho agora na minha vida, já que as coisas se deram desse modo. Rir como se ria no passado! Enxergar o mundo como já se chegou a ver um dia! Nada disso é mais possível! O meu drama já está fiando velho e perdendo por completa a coragem e a vontade  de mudar. Agora, só se aproximam mesmo de mim os que realmente me entendem e aqueles que sabem que eu nem sempre fui assim. Estou sem palavras para terminar esse texto...

domingo, 27 de janeiro de 2013

A morte anda tão viva!!!

          240 mortos aproximadamente em Santa Maria/RS vítimas de um incêndio em uma boate a princípio acidental; acidentes na BR 101 fim de semana, 5 pessoas da mesma família morrem em acidente automobilístico;  os ataques as torres gêmeas em 2011; ano passado, em maio mais precisamente, registrei aqui a morte de mais de 100 pessoas, crianças e adultos, nos massacres na Síria. Pode ser visto em http://mundointerrogado.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html 
E voce, "how does it feel?" (Como se sente?).
É a fragilidade da vida humana em evidência? Quais destes acontecimentos mais lhe chama atenção? O que eles possuem de diferente? O que voce sente?
O mundo desde que é mundo vem com uma característica sobre as coisas: a Tragédia! Tsunamis, terremotos, furacões, enchentes, acidentes, sempre permearam a vida no planeta. Incêndios? Todo mundo já estudou sobre o incêndio em Roma. A diferença dos dias atuais é na velocidade da informação, apenas. Hoje recebemos a notícia de forma muito mais rápida, o impacto é maior também, temos imagens, sons do acontecimento, do sofrimento alheio. Segue o slogan de Gessinger "A morte anda tão viva / a vida anda p'ra trás".
          E a nossa vida não para enquanto a de milhares de outras vidas vão sendo abreviadas. É o ciclo normal das coisas então, ou estamos sendo insensíveis? Devemos assim como fez a presidenta Dilma aparecer na televisão chorando, e amanhã já estarmos em outro lugar rindo em outra situação qualquer? Ou devemos seguir com nossos rostos impassíveis diante do aparelho televisor, das notícias que nos chegam pelos veículos virtuais?
No acidente desta noite, no noticiário agora pela manhã, pela televisão, em menos de 10 minutos de transmissão em uma emissora, ouvi mais de 10 vezes o nome da Presidenta Dilma e apenas 1 falando das pessoas mortas. A visita da presidenta roubou a cena? Há necessidade de mesmo em meio a tragédia ficar puxando o saco do presidente? Se eu fosse presidente e soubesse disso, não iria até o lugar, mas do contrário se o presidente não vai até o lugar, parece que não está dando a mínima. Depois estavam preocupados com o Álvara que estava atrasado. Alguém acredita que o alvará podia salvar alguém, ou que se estivesse aprovado pelo corpo de bombeiros as pessoas poderiam ser salvas? Panacéia! Ninguém faz qualquer fiscalização, um alvará na realidade do Brasil pode muito bem ser comprado. Desculpem o pessimismo, mas é tanta palhaçada...
          Só nos resta divulgar, conversar, criticar, opinar, enfim, nos resta praticamente nada... Seguir nossas vidas como estamos seguindo e pronto! Quem sabe cantar isso numa canção, lembrar em um texto como o que aqui vai, recitar em um poema.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Indignação!

          Ando muito desanimado da vida! Penso que o motivo principal de tal desanimo seja eu mesmo, principalmente no meu jeito de me organizar. E é preciso sobretudo que eu organize a mim mesmo. Mas sempre tem me faltado uma única coisa: disciplina! Tenho um problema sério com as regras, com as normas, com tudo aquilo que tenta de certa forma nos escravizar, nos robotizar, controlar, manipular, iludir, etc. Isso talvez não seja uma qualidade em um estudante de Direito.
          Também ultimamente ando revoltado com o sistema! Como diria Raul Seixas "O monstro SIST é retado/E está doido pra transar comigo...". Ando identificando a presença do monstro SIST em muitos lugares onde antes não percebia. Acho até mesmo que a escravidão no Brasil nunca foi abolida. Somos escravos ainda, do sistema, com nossos "salários de fome". Não digo que tenhamos que viver sem regras, porque isso também não seria possível dada a natureza humana. Mas certamente, as regras que aí estão, não estão para me favorecerem. Há ainda muita desigualdade, muita injustiça, muita miséria, miséria não só financeira, miséria de cultura mesmo. Uma sacudida geral não seria nada mal...
          Bem, apesar de todo o desânimo que estava há dois dias atrás quando escrevi os dois parágrafos acima, hoje estou um pouco melhor, mais confiante, com expectativas. Meu lugar só poderá ser onde me sinto bem, com meus livros, meus escritos. O que eu preciso é calma para que nas mínimas oportunidades eu possa estar aproveitando para desenvolver minhas atividades literárias e filosóficas. Assim, boa parte dessa minha insatisfação estará resolvida. Dei-me então um prazo, dois anos, a contar do dia 22 de janeiro. Estou contando que seja 730 dias, sendo que já se passaram dois dias, restando 728 dias. Não é muito, mas talvez se eu me esforçar consiga pelo menos publicar meu primeiro livro. Já tenho algo praticamente pronto, mas faltou verba... mas não é por isso que eu estava revoltado com o sistema, é por perceber mesmo que estamos cada vez mais escravos de tudo.

 
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Daniel entre os Leões

Muitas vezes, demoramos um certo tempo para entender a gênese dos nossos problemas. Em alguns momentos é preciso reconstruir todo um quadro, até se chegar a descoberta do que pode estar ocasionando nosso desgaste, nossas decepções. Pode ser que a causa de nossas atribulações esteja dentro de nós mesmos, mas é preciso mesmo é decifrar o enigma da esfinge - decifra-me ou te devoro! Com o cuidado de um tecelão antigo vamos tecendo o conjunto de nossos últimos momentos, ligando os pontos principais e qual nossa surpresa: descobrimos estupefatos que de fato o mal existe e parece se utilizar das mentes fracas para exercer suas perversidades contra nós. Sim, existem pessoas que apesar de se dizerem "cristãos" devotos, apesar de se propagarem "francas" e outras tantas qualidades a mais, estão na verdade servindo ao Diabo e seguindo os princípios do inferno, porque preparam-se ardilosamente para derrubarem aqueles que já um dia lhe estendeu o braço, ou que talvez lhes prestou atenção, ou mesmo que nada lhes tenha feito. Mas com a proteção de Deus, passamos a enxergar por sobre a turbidez do momento, e deciframos a esfinge, escapando quase que pela tangente de sermos devorados. É bom podermos ainda com tudo isso olhar novamente para aquelas pessoas que nos atiraram ao leões - assim como Daniel fora atirado por aqueles que queriam mal (Daniel 6: 1-28), mas Deus com sua justiça selou a boca dos leões - e podermos lhe mostrar que o bem ainda vence o mal, e que se elas não tem amor no coração que ao menos deixem com que os outros sejam felizes. Importa ainda ressaltar, é mais fácil olhar a trave no olho do outro, sem notarmos a viga que está no nosso olho. Hipócritas! (Lucas 6: 41-42).