sexta-feira, 14 de agosto de 2015

3 Melhores Livros que Recomendo

Existe pelo menos três livros que para mim seriam leitura consagrada. Bom, indicarei 2 livros de autores brasileiros, e um livro de um autor francês. Sempre que alguém quiser ingressar no universo literário, acho interessante começar pela escola literária conhecida como Realismo, iniciando-se na leitura do livro O Ateneu de Raul Pompéia - importante já de antemão preparar-se com um dicionário de língua portuguesa, pois irá se deparar com verbetes que denotam uma linguagem mais erudita. O Ateneu é como o próprio autor indica, uma crônica de saudades, sendo uma narrativa em primeira pessoa a qual Sérgio, o personagem principal é atirado no colégio interno do aristarco Abílio, e sofre todas as vicissitudes de ser um novato, prussiano, que aprende na dor as regras sociais de convívio. É a mais perfeita metáfora da literatura brasileira sobre a sociedade.
Agora, se o sujeito estiver interessado em ler algo que esteja mais relacionado com questões filosóficas de existência, do ser-no-mundo, da gratuidade da vida então deverá tomar o livro a Náusea de Jean-Paul Sartre e se deliciar numa viagem com Antoine Roquetin, erudito historiador que em Bouville vai se deparar com a existência, pura e seca, e porque não, absurda.
Por fim, um terceiro livro que indicaria, a depender do interesse do leitor, e se esse for na esfera do drama e romance, seria Angústia de Graciliano Ramos. Mal comparando, ler esse livro é como estar em um caminhão descendo ladeira abaixo sem freio. As situações vão passando tão rápido que mal da tempo de assimilar um acontecimento, um outro já vem se sobrepor àquele. Graciliano Ramos abusa inteligentemente dos palavrões e das conotações sexuais e melodramáticas. Luís da Silva, personagem principal, faz um levantamento do que teria se transformado sua vida, começando por aspectos da infância que lhe traçaram a personalidade, como a morte dos seu pai, sendo a lembrança mais pungente os caroços dos dedos dos pés do defunto, cujo lençol não cobria-o por inteiro, passando a narrar fatos de sua vida adulta, algumas discussões, a crise financeira, o trabalho e claro, o romance que acaba de maneira sórdida e claro, trágica. Bom, esses três livros seria assim o suprassumo de quem quer se iniciar em algum tipo de leitura mais clássica.
Partindo disso, poderia o leitor mais empolgado, dar continuidade ao exercício e ler pelo menos metade da obra de Machado de Assis, principalmente os mais famosos com Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Bras Cubas,  Quincas Borba, Memorial de Aires, A mão e a Luva, Ressurreição (seu primeiro romance). Agora sim está se formando um leitor clássico. Esse foi praticamento o caminho que segui, não nessa mesma ordem, pois que li primeiro o Ateneu, depois praticamente a obra completa de Machado de Assis, salvo alguns contos e sonetos esparsos, e por fim me entreguei a filosofia, inciando-me no romance A Náusea, depois A Idade da Razão também de Sartre, passando a tomar conhecimento da literatura francesa, lendo também André Gide, depois algo mais de estrangeirismo com Stendhal, Dostoièvski, Herman Hesse, para então ingressar na filosofia propriamente, em fontes como A Crítica da Razão dialética ainda do Sartre, e outros livros de Nietzsche (alemão), Hume (inglês), Kant (alemão), Hegel (alemão), Marx (inglês), Kierkegaard (dinamarquês), Heidegger (alemão), Bertrand Russel (inglês), Roger Garaudy (também francês), Foucault (mais um francês).

Esturpor

Dor sem fim
Na confusão da alma
Que tudo acalenta e tudo repele.