segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Minha Filha


Acordei chorando! Minha filha está indo morar a 300 Km de mim! É uma distância bem considerável. A culpa disso tudo estar acontecendo é do divórcio que bem pode ter acontecido por culpa minha, ou de ambas as partes se formos capaz de entender de outra forma. Eu amo minha filhinha, mas nesse mundo nada é de fato nosso. Só quero que ela saiba que sempre vou amá-la. Ela não deve estar sabendo da dor que está no meu coração agora. Nada nos consola... E eu raramente choro... De todos os desencontros dessa vida, este está sendo de longe o mais doído. Queria escutar palavras sábias de minha nona, mas ela não está mais entre nós desde o ano passado. Estou sozinho agora, pensando em com o encarar a vida e as coisas daqui para frente, sem parecer alguém ressentido. Confesso que, obviamente se eu pudesse traria ela para morar comigo. Quem sabe um dia isso possa ser possível. No momento vou ter que buscar conformação, e tentar visitar ela sempre que possível. O dinheiro e o tempo estão curtos ultimamente! Tempos de vaca magra!!! Vencer as barreiras econômicas e de Kronos para então poder gozar de mais tempo ao lado de minha amada filha. Bem, é um desafio que tenho agora na minha vida, já que as coisas se deram desse modo. Rir como se ria no passado! Enxergar o mundo como já se chegou a ver um dia! Nada disso é mais possível! O meu drama já está fiando velho e perdendo por completa a coragem e a vontade  de mudar. Agora, só se aproximam mesmo de mim os que realmente me entendem e aqueles que sabem que eu nem sempre fui assim. Estou sem palavras para terminar esse texto...

domingo, 27 de janeiro de 2013

A morte anda tão viva!!!

          240 mortos aproximadamente em Santa Maria/RS vítimas de um incêndio em uma boate a princípio acidental; acidentes na BR 101 fim de semana, 5 pessoas da mesma família morrem em acidente automobilístico;  os ataques as torres gêmeas em 2011; ano passado, em maio mais precisamente, registrei aqui a morte de mais de 100 pessoas, crianças e adultos, nos massacres na Síria. Pode ser visto em http://mundointerrogado.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html 
E voce, "how does it feel?" (Como se sente?).
É a fragilidade da vida humana em evidência? Quais destes acontecimentos mais lhe chama atenção? O que eles possuem de diferente? O que voce sente?
O mundo desde que é mundo vem com uma característica sobre as coisas: a Tragédia! Tsunamis, terremotos, furacões, enchentes, acidentes, sempre permearam a vida no planeta. Incêndios? Todo mundo já estudou sobre o incêndio em Roma. A diferença dos dias atuais é na velocidade da informação, apenas. Hoje recebemos a notícia de forma muito mais rápida, o impacto é maior também, temos imagens, sons do acontecimento, do sofrimento alheio. Segue o slogan de Gessinger "A morte anda tão viva / a vida anda p'ra trás".
          E a nossa vida não para enquanto a de milhares de outras vidas vão sendo abreviadas. É o ciclo normal das coisas então, ou estamos sendo insensíveis? Devemos assim como fez a presidenta Dilma aparecer na televisão chorando, e amanhã já estarmos em outro lugar rindo em outra situação qualquer? Ou devemos seguir com nossos rostos impassíveis diante do aparelho televisor, das notícias que nos chegam pelos veículos virtuais?
No acidente desta noite, no noticiário agora pela manhã, pela televisão, em menos de 10 minutos de transmissão em uma emissora, ouvi mais de 10 vezes o nome da Presidenta Dilma e apenas 1 falando das pessoas mortas. A visita da presidenta roubou a cena? Há necessidade de mesmo em meio a tragédia ficar puxando o saco do presidente? Se eu fosse presidente e soubesse disso, não iria até o lugar, mas do contrário se o presidente não vai até o lugar, parece que não está dando a mínima. Depois estavam preocupados com o Álvara que estava atrasado. Alguém acredita que o alvará podia salvar alguém, ou que se estivesse aprovado pelo corpo de bombeiros as pessoas poderiam ser salvas? Panacéia! Ninguém faz qualquer fiscalização, um alvará na realidade do Brasil pode muito bem ser comprado. Desculpem o pessimismo, mas é tanta palhaçada...
          Só nos resta divulgar, conversar, criticar, opinar, enfim, nos resta praticamente nada... Seguir nossas vidas como estamos seguindo e pronto! Quem sabe cantar isso numa canção, lembrar em um texto como o que aqui vai, recitar em um poema.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Indignação!

          Ando muito desanimado da vida! Penso que o motivo principal de tal desanimo seja eu mesmo, principalmente no meu jeito de me organizar. E é preciso sobretudo que eu organize a mim mesmo. Mas sempre tem me faltado uma única coisa: disciplina! Tenho um problema sério com as regras, com as normas, com tudo aquilo que tenta de certa forma nos escravizar, nos robotizar, controlar, manipular, iludir, etc. Isso talvez não seja uma qualidade em um estudante de Direito.
          Também ultimamente ando revoltado com o sistema! Como diria Raul Seixas "O monstro SIST é retado/E está doido pra transar comigo...". Ando identificando a presença do monstro SIST em muitos lugares onde antes não percebia. Acho até mesmo que a escravidão no Brasil nunca foi abolida. Somos escravos ainda, do sistema, com nossos "salários de fome". Não digo que tenhamos que viver sem regras, porque isso também não seria possível dada a natureza humana. Mas certamente, as regras que aí estão, não estão para me favorecerem. Há ainda muita desigualdade, muita injustiça, muita miséria, miséria não só financeira, miséria de cultura mesmo. Uma sacudida geral não seria nada mal...
          Bem, apesar de todo o desânimo que estava há dois dias atrás quando escrevi os dois parágrafos acima, hoje estou um pouco melhor, mais confiante, com expectativas. Meu lugar só poderá ser onde me sinto bem, com meus livros, meus escritos. O que eu preciso é calma para que nas mínimas oportunidades eu possa estar aproveitando para desenvolver minhas atividades literárias e filosóficas. Assim, boa parte dessa minha insatisfação estará resolvida. Dei-me então um prazo, dois anos, a contar do dia 22 de janeiro. Estou contando que seja 730 dias, sendo que já se passaram dois dias, restando 728 dias. Não é muito, mas talvez se eu me esforçar consiga pelo menos publicar meu primeiro livro. Já tenho algo praticamente pronto, mas faltou verba... mas não é por isso que eu estava revoltado com o sistema, é por perceber mesmo que estamos cada vez mais escravos de tudo.

 
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Daniel entre os Leões

Muitas vezes, demoramos um certo tempo para entender a gênese dos nossos problemas. Em alguns momentos é preciso reconstruir todo um quadro, até se chegar a descoberta do que pode estar ocasionando nosso desgaste, nossas decepções. Pode ser que a causa de nossas atribulações esteja dentro de nós mesmos, mas é preciso mesmo é decifrar o enigma da esfinge - decifra-me ou te devoro! Com o cuidado de um tecelão antigo vamos tecendo o conjunto de nossos últimos momentos, ligando os pontos principais e qual nossa surpresa: descobrimos estupefatos que de fato o mal existe e parece se utilizar das mentes fracas para exercer suas perversidades contra nós. Sim, existem pessoas que apesar de se dizerem "cristãos" devotos, apesar de se propagarem "francas" e outras tantas qualidades a mais, estão na verdade servindo ao Diabo e seguindo os princípios do inferno, porque preparam-se ardilosamente para derrubarem aqueles que já um dia lhe estendeu o braço, ou que talvez lhes prestou atenção, ou mesmo que nada lhes tenha feito. Mas com a proteção de Deus, passamos a enxergar por sobre a turbidez do momento, e deciframos a esfinge, escapando quase que pela tangente de sermos devorados. É bom podermos ainda com tudo isso olhar novamente para aquelas pessoas que nos atiraram ao leões - assim como Daniel fora atirado por aqueles que queriam mal (Daniel 6: 1-28), mas Deus com sua justiça selou a boca dos leões - e podermos lhe mostrar que o bem ainda vence o mal, e que se elas não tem amor no coração que ao menos deixem com que os outros sejam felizes. Importa ainda ressaltar, é mais fácil olhar a trave no olho do outro, sem notarmos a viga que está no nosso olho. Hipócritas! (Lucas 6: 41-42).