Após as
manifestações do último domingo, dia 13 de março de 2016, o que mudou?
Estatisticamente, o número de pessoas que ocupou as ruas das principais
capitais do país foi bem maior que o do ano de 1992, quando os “caras pintadas”
pediam que o então presidente Collor à época, renunciasse. Será que naquele
popular ano de 1992, não ocorreu algum efeito midiático, do qual não tínhamos a
consciência madura o suficiente para avaliarmos? Uma manobra televisiva que
destituiu o poder de Collor? É o futuro reescrevendo a história. Mesmo que 10
milhões de pessoas ocupassem as ruas do país, isso ainda seria nada, se
comparado ao número de eleitores brasileiros, ou seja, não chega a ser a
maioria. Passado 14 anos a fórmula já não serve mais. Ocupar as ruas do país
não comove o suficiente, para que o chefe do poder executivo resolva largar o
osso. Parece que só então medidas mais drásticas poderiam de fato retomar a
ordem nesse país tomado pela corrupção.
Pois bem,
talvez a única saída para um povo oprimido por seus representantes seja mesmo o
Golpe de Estado. O golpe é legítimo, porque é golpe. Alguns serão levados a
acreditar que o golpe é um atentado à democracia, enquanto que, atentado à
democracia é esse cenário de corrupção arraigada que se instalou nas terras
tupiniquins. Até hoje ainda se troca ouro por espelhos. As manifestações do
último domingo também são um atentado à democracia, aos olhos de outros, porque
ferem um governo que foi empossado do poder de modo legítimo além de trazer
sérios prejuízos para a economia do país, afastando investidores por exemplo.
Não nos esqueçamos de que até mesmo Hitler foi conduzido ao poder com a
anuência do povo, mesmo povo que depois repudiou seus atos de crueldade antissemita.
Hitler destruiu a Alemanha. O PT destrói a cada dia o Brasil.
Por fim, pergunto-me
irrequieto: o que as manifestações do último domingo tem de diferente àquelas
do ano de 1992? A resposta, talvez ainda esteja como na canção cantada por
Dylan, soprando no vento. É a história sendo reescrita. É a prova de que nós
reescrevemos a história. E ainda é a prova de que o país precisa do seu povo,
precisa de nós.