segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eric Voegelin e Richard Rorty à luz de Wisky

       Já faz mais de uma semana que estou me cobrando uma visita na Biblioteca da Universidade para pegar de empréstimo algumas obras dos filósofos Eric Voegelin e Richard Rorty. De Eric Voegelin li "Reflexões Autobiográficas", o qual é um bom guia introdutório ao seu pensamento. Fiquei já impressionado com a noção de História de Voegelin. Ele encara Hegel e cospe no materalismo histórico! Não existe esse História dialética como queria Hegel! A História pode acontecer em acontecimentos isolados, sem conotação entre si, e/ou que também fogindo a um sentido cronológico. A visão de História de Voegelin é muito mais abrangente, e isto é bom, porque quando pensamos estar diluindo uma idéia, surge um filósofo que capta as coisas sobre uma nova perspectiva.
      Passando para Rorty, acho que foi em "Objetivismo, relativismo e verdade - Escritos Filosóficos I", que achei contradições primárias em sua realidade pragmática. Escrevi umas cinco folhas sobre tais achados, ainda que não tenha cometido grandes avanços no que tange o entendimento da obra deste filósofo. Acho até que nesse caso entrei pela porta errada. É muito importante esse negócio de entrar pela porta certa quando vai se penetrar no pensamento de algum filósofo, senão a gente acaba sendo embaralhado e por fim confundido. Dissequei tanto Sartre que após um tempo, seu pensamento estava para mim claro como cristal. Não sei se ainda disponho de paciência para me dedicar a tal propósito uma outra vez, debruçar-me horas a fio buscando a compreensão dos textos -- com ajuda dos mais variados recursos, dicionários filosóficos, obras extras, dicionário de termos latinos, termos gregos -- em relação a outros filósofos, até porque nem todos são tão interessantes quanto Sartre. Tenho aqui uma frase d'O Muro" "algumas horas ou alguns anos de espera dão na mesma, quando se perde a ilusão de ser eterno" que nos remetem à questão se em determinadas situações vamos continuar pensando como pensávamos antes, e se também o pensamento não acaba por ser assim relativo. Bem, quanto a minha ida à Biblioteca Universitária que era do que falava no início, não sei quando vou concluí-la.
PS. Caso tenha cometido algum erro no texto acima, queira me perdoar, já estava escrevendo à luz do Wisky.

Igan Hoffman

2 comentários:

  1. A essencia é o que nos mantém ligados ao nosso início.
    Percorremos uma longa estrada desde o que achamos seguros e concretos até o ponto de alçarmos novos conhecimentos.
    Talvez o tempo que te falte seja o teu refúgio, uma maneira de não ser vendido aos pensamentos alheios e voltar a tua essencia.
    É o momento de olhar os próprios olhos no espelho e saber que ainda estás ali dentro, e nunca sumirás.

    Forte abraço e ótima escrita.
    Ps. mesmo a luz tenue do Wisk.

    ResponderExcluir
  2. Sem comentários! Excelente texto!
    Acho que a luz propiciada pelo whisky deu o toque final... Nada como um pouco de álcool para clarear a mente... Um pouco, eu disse. Um pouco.
    Aquele abraço!
    http://arfh-arfh.blogspot.com

    ResponderExcluir