domingo, 2 de janeiro de 2011

Almas à Venda

       Acabei de assistir ao filme Almas à Venda com o ator americano Paul Giamatti, que por sinal quase sempre admiro sua atuação. É certo que muito do que poderia ter sido explorado no filme em relação as questões filosóficas, do que seria a alma sem o corpo, ou a alma em um corpo que não é o dela original, ou o corpo sem a alma foi meio que deixado de lado para dar prosseguimento ao filme, focando a questão mais no tráfico de almas. Bem, adorei ter entrado numa Rússia fria com Paul Giamatti como Paul Giamatti mesmo.
       O filme me tirou um pouco do "mareamento" que eu me encontrava após acordar. Sonhei tanto essa noite que devo ter entrado no sono REM umas 5 vezes. Acordei até dolorido, e nem dormi tanto assim. Vou estar escrevendo e lendo o dia inteiro, porque não há nada mais interessante que eu possa fazer. Estou me habituando a cada dia, em escrever diretamente no computador. Ainda mantenho meu caderno na cabeceira da cama, com  a caneta dentro, para possíveis anotações que possam me ocorrer durante a noite.
       Não gostaria assim como Paul Giamatti de ver minha alma. Tenho muitos receios em relação a isso, pois imagino que minha alma não seja nada interessante e deve ser até mesmo obscura. Acho que o fato de eu ver minha alma acabaria com o pouco que tenho de auto-estima. Seria melhor deixar as coisas assim. Também não teria a coragem de experimentar a alma de uma outra pessoa. Acotumei-me com minha alma, ela não me incomoda tanto assim, tem seu peso, eu suporto, deve incomodar bem mais aos outros.

Igan Hoffman

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