segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Tábua de Salvação

Sabe quando os marinheiros passam longo tempo no mar e voltam a terra? Eles ficam mareados, ou sejam, enjoados, noiados,,, é assim que me sinto hoje! Sinto ainda que estou fazendo tudo errado, aceitando o que a vida vai me empurrando, e ainda não sendo o autor mesmo de minha vida! Em alguns momentos apenas eu sinto estar fazendo a coisa certa, quando por exemplo eu alimento este blog. Mas depois vejo os artistas atuais, a formação de nossa cultura, e mesmo que na maioria das vezes essa visão seja digna de lamentos, por ser tão fútil - nossa cultura atual, e não essa visão -, entendo que sem esforço, sem dedicação exclusiva, sem manter o foco em algo que de fato queremos, não sairemos do lugar. Meus planos estão afundando a medida que a vida vai me engolindo. Eu poderia abandonar algumas coisas em prol de outras que julgo ser de minha importância, mas escolhi um caminho que é uma escravidão, e não consigo me libertar dos grilhões. O tempo talvez vai me permitir ter mais liberdade se seguir com alguns de meus propósitos para minha vida pessoal, que ainda não são meus sonhos verdadeiros, mas apenas mais um degrau para chegar até eles. Talvez seja isso, estou construindo uma base bem sólida, para depois poder me manter em mim mesmo, realizando aquilo que me dá mais prazer, como escrever, como ter um espaço meu para gozar das novidades tecnológicas e musicais, para estudar nossa época. Mas temo que isso seja só uma ilusão, porque depois de estar formado em minha segunda faculdade, vou ter que trabalhar muito para recuperar o tempo perdido. É isso, uma luta contra o tempo, contra a própria vida. Não sei onde isso vai me levar. Alguns traços dessa loucura toda já estão presentes em minha saúde, como uns caroços no meu pescoço que em vez de quando dói. Mas sigo sem medo real, porque a vida deve em algum momento deixar eu viver... O medo é o pior dos obstáculos... Não posso temer algo que eu não sei direito o que será, ou seja, o futuro. Meu barco de qualquer forma está indo para frente, a carroça continua mesmo que seja a passos lentos, ela vai para frente. Não suportaria saber que seria o contrário, que estaria indo para o fundo, para baixo, para trás. Ainda bem que apesar do cansaço no meu corpo, consigo manter minha mente acesa. A música tem me ajudado, como por exemplo esse álbum do Pearl Jam que escuto agora http://www.youtube.com/watch?v=2VJb5CFon1Y enquanto digito esse texto. O calor tem prejudicado, porque deixa o corpo em estafa, alimenta essa languidão de espírito que já naturalmente me acompanha. Mas eu de forma desleixada já ultrapassei alguns de meus limites, por exemplo, tinha me imposto que pelo menos em 2013 eu estaria com um livro já publicado, estamos em 2014, fiz 31 anos dia 22 desse mês, e nada ainda de publicações. E de quem é a culpa? Absolutamente minha... isso tudo me deixa emputecido comigo mesmo, faz com que tenha vontade de afundar, comportamento autodestrutivo dos infernos! Mas ainda bem que hoje tenho maturidade de reconhecer essas minhas falhas, e não deixar que essa depressão me foda as perspectivas. Não é fácil seguir quando se está irritado consigo e com o resto dessa sociedade de bosta que vivemos. Mas como disse, vamos impulsionar a carroça para frente, mesmo que seja contra toda vontade... A sensação de que o troço anda para frente é  a única salvação no momento... agarra-se a ela então, na falta de algo melhor, ou se põe uma quantidade mirabolante de paracetamol para dentro do estômago e espera o momento derradeiro após ficar todo amarelo... ainda prefiro a primeira opção.

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