terça-feira, 10 de abril de 2012

"Novos ouvidos para música nova"

Parece mesmo que o mundo está maluco! Quanta coisa doida acontecendo...
Bem, é certo que também não adianta ficarmos só nos lamentando das desgraças que todo dia perpassam nossas mentes, afetando até mesmo nosso modo de ser, nosso comportamento, nossa existência, provenientes das fontes mais comuns: televisão, rádio, internet, jornais impressos, etc. Existem momentos em que a única solução possível parece ser fazer como Henry Thoreau, ou até mesmo talvez nosso filósofo alemão Heidegger já mais para o fim de sua vida, e ir morar em uma cabana, longe da poluição dos aparelhos que nos bombardeiam diariamente com notícias de todo gênero. Ir morar longe até mesmo das pessoas, longe do Caos. Mas de que adianta se isolar, buscar um alívio para si mesmo, quando nossa natureza já está mais do que provada é viver em comunidade? Quando a sociologia já provou que a família é uma das instituições mais antigas do homem, presente em quase todas as civilizações, de que adianta nos isolarmos e ignorarmos o mundo a nossa volta, por não suportarmos estar nele? Bem, existe uma outra forma de isolamento, que se configura também pela habitação em uma cabana, mas na cabana de nossa mente. Existem pessoas que vivem tão para dentro de si, que conseguem mesmo utilizar desse artifício para suportar sua própria existência dentro do mundo. Tudo isso são sintomas de nosso século.
O bacana mesmo é buscarmos entender a realidade, compreender a época em que vivemos, situar-se para daí modificar a realidade que nos macera, criar novos paradigmas que tornem a vida mais possível, mais aceitável, mais digna e prazerosa de ser vivida. Não sei como fazer isso sem uma dose de filosofia, por isso acho absurdo professores de filosofia que não se interessam por ministrar suas aulas com qualidade, usando como justificativa que seus os alunos são desinteressados com a filosofia. Façam com que compreendam essas verdades, suas aulas ficarão certamente melhores. Busquem essa utilidade, essa razão de ser da filosofia. Também acho um absurdo quererem diminuírem a carga horária das aulas de filosofia dos cursos do ensino médio e superior, quando o que necessariamente falta para nossa sociedade é um embasamento filosófico para dar curso a suas vidas. O aprendizado técnico vem depois. Parafraseando Olavo de Carvalho: o importante não é o que você vai querer ser quando crescer, mas que tipo de sujeito você vai querer ser quando crescer...



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