terça-feira, 14 de junho de 2011

Loucura e Morte, Ironia e Humor.

Hoje enquanto estava escrevendo sobre alguns assuntos particulares, acabei por trazer a tona a aplicação da Ironia e do Humor pelo homem, chegando a seguinte conclusão: o homem se utiliza do Humor e da Ironia como objetos de fuga diante de uma situação sem saída. Cheguei até aqui quando elaborava uma tese sobre a loucura um tanto foucaultiana. Estava descrevendo a loucura e a morte como desafio ao saber-médico, o que acaba por desposar o médico de sua soberania. Na loucura, o médico não prescreve o medicamento com o objetivo da cura, mas sim do controle. O louco não pode ser curado, posto que loucura não é doença, deve ser então controlado. A função dos hospícios é de ser verdadeiros centros de controle humano, não muito diferente talvez da escola, da indústria e das cadeias. A morte neste ponto corresponde sinonimicamente à loucura, posto que para o médico ela também funciona como um desafio ao seu saber. Salvo esta característica, todo o resto que se pode falar a respeito da morte e da loucura é mero absurdo, ou seja, não podemos falar sobre o que não temos os meios de conhecer. A excessão é com relação a estética. Dentro desta perspectiva podemos falar da Ironia e do Humor que sondam a morte e a loucura. Chego então ao tema que inicia este texto. Fica assim descrito a proveniência de uma sentença, que culminou nesta explicação. Ainda se poderia aqui, através deste esboço introdutório, divagar sobre a reação por exemplo da população brasileira, o humor e a ironia com que tratamos os assuntos que deveriam ser sérios, como a política, a saúde e a educação. É o que pode o povo diante de situações insolúveis.

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