terça-feira, 1 de julho de 2014

Sombra de si mesmo

Na solidão eu não sou nada, nem ninguém
Na solidão ninguém me tem
Eu separo um pequeno pedaço do meu tempo
E mergulho em mim mesmo...
Esse que vai todos os dias para o trabalho - ainda não sou eu
E quanto pensa só estar repetindo
Aquilo que não vive.
Suspeita que vê uma sombra à noite
E liga a TV para poder dormir
E se você ver, pensaria até que é sério
Não sabe porque guarda tanto mistério
Sem solução eu mergulho no contexto
E me esqueço em você algumas horas...
Tento em vão controlar os meus anseios
Tento entrar em meu caminho
Tento caber na roupa que me deram
Ver o mundo com novos olhos
Sentir mais, sentir o mundo...
Mas essa sombra que vejo a noite
Essa sombra é sombra de mim mesmo...
Não é fácil viver em mundo insano
Sendo uma sombra de si mesmo,
Sendo uma mentira, um erro
Um nada embriagado de vácuo
Um olhar vazio na frente do espelho...

2 comentários:

  1. Me identifico com alguns de seus textos. Você expõe bem os sentimentos. Muitas poesias me parecem bonitas, mas não me tocam, ao contrário desta. Obrigado.

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