Insipidez do Tempo
Tempo
que passas
Velho
escasso!
Lembro-me
no Paço
Onde
podíamos contemplar.
Na
hora vespertina,
Embaixo
daquela árvore...
Será
que te recordas?
A
memória com o tempo atrofia;
E é
certo que não temos mais tempo
Então,
como lembrarás?
Não
nos entristeçamos por isso;
Novos
caminhos há de serem trilhados.
E
você estará lá do lado de lá.
Se
ao menos tivesse notícia sem ciúme!
Se
ao menos pudesse conservar um pouco
Desse
tão pouco que foi muito!
Mas
não, não, não.
A
vida é deixada aos pedaços,
Na
morte as feridas cicatrizam
E
de nós nada fica senão cansaços.
Cansaços
de tentar vencer o invencível,
De
tentar levar para casa o cinzeiro do bar
E
ficar sempre sem ter onde depositar a cinza
Essas
cinzas sem horas.
Bonito!!!
ResponderExcluirtanks
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