terça-feira, 1 de março de 2011

Criacionismo x Evolucionismo

Tanto o Criacionismo quanto o Evolucionismo continuam inapreensíveis. O Criacionismo, como a origem do homem a partir da criação divina, pode cientificamente nos escapar, porque está inserido em nossa gnose mítica, e por isso entra no mecanismo da fé. Já o Evolucionismo contêm em seu bojo algumas considerações científicas, mas é observável os infinitos hiatos existentes em suas explicações, como o surgimento em uma determinada época de um suposto tipo de homem e em outra de um outro suposto tipo de homem, já diferente do primeiro. Se o que houve nesse gigante hiato foi mesmo produto de evolução, ou o aparecimento em dois lugares distintos e em épocas diferentes, tipos diversos de homens que vieram depois a sucumbir, tudo não passa de mera hitótese, em que a prova científica, como se prova uma equação matemática, acaba por também nos escapar. Que escolha então fazer? Se hoje ainda não possuímos os meios necessários para se chegar a tal definição de resultados, o normal é que se pense em pelo menos que tipo de civilização pretendemos constituir, sabendo já de antemão que a escolha destes problemas, "Criacionismo x Evolucionismo", influenciará efetivamente nos tipos de sociedades futuras. Nesse sentido, temo pelo Evolucionismo, pelos tipos que ele já ajudou a formar, como por exemplo Stalin e Hitler que declararam abertamente serem influenciados pelo evolucionismo darwinista. Hitler, se não estou enganado, fez isso em sua autobiografia, conhecida pelo título de "Minha Luta", ou "Mein Kampf". Se amanhã ou depois chegarmos as respostas verdadeiras para tal problema, e se por ventura tivermos escolhido seguir o caminho errado, pelo menos nossas sociedades não se prejudicaram por isso. Quando não se tem como definir uma conduta, devido a insuficiência das provas, a melhor conduta a tomarmos será sempre a menos ameaçadora.

2 comentários:

  1. Bem...É sabido que hitler era também uma cristão convicto que afirmava ser guiado por deus e pelo cristianismo (discurso de munique 1922 e Mein Kampf), facto que foi bastante divulgado aquando da manifestação contra o papa em Inglaterra em 2010 e Estaline seguia uma doutrina politica que substituia a religião na sua vida. Quanto á falta de evidencias da teoria sintética da evolução, estamos perante um erro comum, pois se passou de hipótese a teoria cientifica é porque existem algumas evidencias. No entanto, bom post. Parece-me uma pessoa com a mente aberta, por isso sugiro uma visita ao meu blog, nomeadamente a esse post: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/06/criacao-vs-evolucao.html comente se visitar... a sua opinião conta.

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  2. Boa tarde...Tal como afirmei no post, em ciência trabalha-se com hipóteses, que quando testadas se transformam em teorias, apoiadas por factos observáveis ou testados experimentalmente e é esse o caso da Teoria Sintética da Evolução, o que faz dela parte integrante da Biologia pós-moderna. Quanto á consciencia na evolução, a Teoria Sintética da Evolução não pressupõe uma consciencia nem moral nem ética, tal como todas as outras teorias científicas. Estas noções de consciencia têm que existir na mente do cientista que trabalha com estas teorias, de modo a poder descernir no que estas podem enriquecer a consciencia humana ou prejudicá-la (bioética). No entanto, por vezes a ciencia pode ajudar a compreender (embora não totalmente) as origens de certos modelos de consciencia ética e moral e de certos comportamentos humanos e animais. Como exemplo, temos a teoria de Richard Dawkins (perito em Biologia evolutiva e ciencia comportamental)de que, tal como os genes, todos os conceitos anteriormente referidos são transmitidos de geração em geração, através dos ensinamentos dos progenitores e ancestrais e são seleccionados naturalmente, de acordo com a vantagem que trazem ao indidviduo. Um bom exemplo disso é a religião: uma das grandes vantagens de ser religioso é não ter que enfrentar a morte como algo definitivo. Esta teoria é exposta na obra "O Gene Egoísta", no qual o autor faz notar que não devemos decurar também o conceito de livre arbítrio.
    Quanto á questão: partir do que é que a evolução foi possível, isso são é definido pela própria teoria: selecção natural (dos genes a partir do fundo genético) que é um mecanismo gradual que pode sofrer intervenções de agentes mutagénicos, tais como vírus.
    Relativamente á génese da consciencia humana ainda no embrião ou no feto, esta não é mais do que a reacção a estímulos e os instintos básicos, embora o cérebro humano tenha muito potencial á nascença (proveniente da sua herança genética) que será desenvolvido pelo meio social e cultural no qual este ficará inserido. Teoricamente, o embrião passa a feto a partir do 3º mês de gestação, pois é quando o sistema nervoso começa a funcionar correctamente e a responder a estímulos. Quanto ao toque divino da consciencia humana, na minha opinião a natureza não necessita de um deus externo para ter um toque divino, pois por si só, pela sua capacidade de gerar e suportar vida ela já é divina, tal como nós por fazermos parte do todo que é a "árvore" evolutiva da vida.
    Relativamente aos textos de Olavo de Carvalho, considero o primeiro (A evolução da evolução) bastante agressivo, embora entenda que a teoria original de Charles Darwin fosse bastante tosca pois não tinha ainda bases cientificas experimentais que a apoiassem e que a tornassem mais "cientifica" e menos duvidosa. No entanto, actualmente a Teoria Sintética da Evolução tem bastantes fundamentos, sobretudo da genética. Observei um erro comum ainda nesse texto: a ideia de que a selecção natural é fruto do acaso, ou seja, aleatória. Referente a estes assuntos, penso que deve atentar no post evolução vs criação II (link: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/07/evolucao-vs-criacao-ii.html). Em relação ao 2º texto que li, concordo que a a teoria em causa não pode ser tomada como verdade absoluta, pois na ciencia não existem verdades absolutas, sendo que o mais proximo disso são as leis cientificas (e não as teorias), mas nada aponta para que o evolucionismo se converta no seu oposto. Peço desculpa se me estendi um pouco em conceitos técnicos, mas sem o seu auxilio teria sido impossível abordar todas as temáticas...

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