
Nosso historiador era judeu de nascença (nasceu em 1917 no Egito), adotando depois a cidadania britânica, aderiu ao partido comunista aos 14 anos, era então marxista, simpatizante do jazz, escrevia que tinha vivido no maior dos séculos (extraordinário e terrível), o século XX.
A imagem que mais me recordo dele, é da cara de desdém com que aparecia na capa de sua autobiografia. Parecia dizer que nós aqui no século XXI, nada vivemos.
Bem, o fato é que com sua morte sua produção intelectual acabou. Talvez ainda saia uma publicação de um livro que nosso historiador deixou inacabado. Mas bem, o que faremos dessa herança, o que essa obra influenciará nas próximas decisões, no nosso futuro e presente, não poderemos agora saber. O mundo vem mudando em uma velocidade terrível e continua sendo o mesmo mundo de séculos atrás. O que poderemos dizer o próprio Hobsbawm já disse "As únicas corridas de cavalo previsíveis foram as que acabaram".