sexta-feira, 25 de março de 2011

Chico Xavier e Missão Pessoal

       Acabei de assistir ao filme brasileiro sobre o Chico Xavier. Gostei do filme, muito bem arranjado, elenco brilhante! Senti-me até um pouco ignorante porque nunca havia prestado atenção em uma personalidade como a do Chico. Não questiono a veracidade de suas psicografias, o crédito da sua posição. O pouco que estudei sobre espiritismo me deixou mais ainda em dúvida sobre a intenção da proposta. Ainda tenho uma ligação muito forte com o catolicismo e com outras doutrinas cristãs para ter abertura com algo praticamente brasileiro como o espiritismo. Ainda mais, seria algo com uma capacidade potencial maior só em um país como o Brasil, pelo nosso cinismo, falta de seriedade e ignorância. Mas não prossiguirei com este tema pois não quero aqui ferir a fé daqueles que acreditam nesse tipo de doutrina.
      Durante tempos eu busco por algo que possa ser a resposta para o motivo de estarmos dando continuidade a nossas vidas e estarmos aqui, e não em outro lugar, ou mesmo já mortos. A resposta, eu acreditava tarnscendia a nossa capacidade de compreensão das coisas, em vista de podermos fazer jus ao nosso conhecimento da matéria, e não das coisas não materiais. A resposta não nos alcançaria pois que seria preciso um despertar de nossa consciência para o além do humano, o suprassensível, ainda muito distante do mundo vislumbrado por Xavier. Bem, algo eu sei, ou ao menos apreendi disso tudo: uma missão vale mais que muitas explicações sobre a vida ou sobre nossa origem, por isso devemos prestar atenção ao que nos foi dado realizar nessa Terra. Foi apenas isso que um indivíduo como Chico Xavier fez, foi exatamente o que Kant fez, o que Nietzsche e também outros tantos fizeram. E isto é elevar o Ser humano, tão dependente em sua estrutura, as condições mais altas da sua capacidade, e sondar um pouco deste espaço que pertence ao divino. Einstein bem o compreendeu quando entendeu a comunção entre Religião e Ciência, e quando em suas investidas científicas se dava conta de que tentava seguir os passos do Grande Criador.
        O grande caminho a ser percorrido não está afastado de uma boa gama de leituras, que enchem o nosso espírito. Está aí uma evidente explicação do propósito de Xavier ao escrever tantos e tantos livros. Leitura é fundamental. Difícil apontar um indivíduo superior que não tenha se dado ao trabalho de fazer longas e sérias leituras. Este momento de concentração, como Kiekegaard percebeu, tem muito de religioso. A todos que gostam de ler o que eu escrevo, desejo que possam estar sempre em companhia de bons livros e que se dediquem a sua missão pessoal. O mais difícil é descobrí-la, e ela está dentro de cada um. Quando conseguimos nos despojar de todo ego, toda a desonestidade, todo rancor, e olharmos para nós mesmos, com um olhar puro e verdadeiro, lembraremos que tínhamos algo a fazer e que até agora não fizemos, e que aí está a explicação para tanto mal assolando nosso espírito. Olho para o passado, vejo um garoto de quatorze anos dedicado a leitura dos clássicos e produzindo suas primeiras poesias. Vejo esse potencial que ficou retido. Questiono-me porque ele não retorna...

Igan Hoffman      

domingo, 20 de março de 2011

Enquete: resultado!

A enquete sobre Evolucionismo x Criacionismo teve os seguintes resultados:
8 pessoas votaram.
Empate entre Evolucionismo e Criacionismo, as outras opções não foram votadas.

Análise:
Considero pouco o número de votantes em vista do número de acessos diários que recebo. O resultado expressa como existe realmente um impasse entre estas duas linhas que tratam de nossas origens, o Evolucionismo e o Criacionismo.

Abri nova enquete sobre o próprio blog e seu conteúdo, não deixem de votar. Espero bem mais votos que na enquete anterior, ao menos o dobro.

Também não deixem de comentar o post abaixo sobre Husserl, Fenomenologia e Evolucionismo.

Igan Hoffman

sábado, 19 de março de 2011

Husserl, Fenomenologia, Evolucionismo

"Toda consciência é consciência de alguma coisa", essa fórmula adotada por Husserl (1859 - 1938), põe em xeque muito do que se pensou até a época no campo do pensamento e da posição do homem no mundo. Nossa consciência então se relaciona com o mundo externo através da consciência que dele temos. Sendo assim, é uma relação de consciência com consciência para o mundo externo. Então somos lançados ao mundo como Sartre dizia, mas somos lançados primeiramente em nossa consciência. Nesse sentido Sartre aplicou a fórmula de que "o homem pode se curar de uma neurose, mas nunca de si mesmo", aqui ele estava certo. O mundo externo existe e é independente de nossa consciência, mas em verdade, passa a existir efetivamente enquanto está para nós, porque provém de nossa consciência a noção de existência e se empregamos aos objetos, é que temos consciência de sua existência. Então existem, enquanto existem para nós. Fazemos então representações das coisas em nossa mente, como quando estamos diante de um objeto, podemos ver duas ou três de suas faces, as demais faces são intuídas. Por exemplo, se você tem como eu uma caneca com café a sua frente, você não vê a face posterior dela, se não estiver olhando de cima, não verá também suas faces internas. Como pode saber que nesse momento elas estão a existir, e que por algum motivo,  a matéria não flertou nesse momento e passou a não existir? Por intuição apenas. Há outros casos de representação, estes assinalados por Husserl, por estarem no campo da psicologia, campo em que o pensador atuou. Husserl nos aponta a representação que fazemos, quando por exemplo, vejo uma bandeira, que é apenas um pedaço de pano pintado e, através dela, eu viso outra coisa, viso um determinado país. Há aí certamente a presença de uma atividade da consciência, essa característica de lidar com o signo e seu significado acaba por tornar muitas idéias possíveis. É só pensarmos que a escrita é feita de signos. A isto Husserl chama de intencionalidade, ou seja, existe intencionalidade sempre que através de um dado, visamos algo não dado, sempre que certa presença exprimir uma ausência.
       O caso acima vem apenas elucidar uma das idéias já transmitidas por Heidegger, sucessor de Husserl no pensamento fenomenológico, de que para se descobrir como se processa nossos pensamentos, como é formada nossa mente, como expressamos nosso conteúdo mental, deve-se partir de análises internas. O estranho é que hoje cientistas ainda tentam solucionar estes problemas através do estudo aprofundado das estruturas cerebrais, matérias, que são por nós representadas na mente. Mente e cérebro são coisas distintas. Mente não é matéria, cérebro é. Para se chegar a Mente não se pode partir da matéria. Mas sabemos que existe alguma ligação, pois como explicaríamos a diferença na estrutura mental de alguém que sofre algum dano cerebral, ou mesmo que nasce com alguma anomalia neste órgão? De qualquer modo, não poderíamos afirmar que a Mente seria formada exclusivamente no cérebro, porque a Mente não pode ser reduzida à matéria, colocada numa lâmina de microscópio e estudada. Por isso no Direito se deve tomar cuidado ao decidir sobre a vida de um feto ou mesmo de um anencéfalo. A Mente é assunto da filosofia e psicologia, a ciência que cuida estritamente da matéria nada tem haver com isso. Por isso é bom duvidarmos de toda ciência que prevê leis absolutas, porque podem incorrer sempre em erro. Como, por exemplo, a questão do evolucionismo. Como imaginar que em um determinado momento da evolução do homem, a Mente passa a exercer papel determinante em seu modo de vida? De onde provém esse avançar do cérebro humano capaz de produzir a Mente? Será mesmo possível? Ou a Mente está mais relacionada com a Alma, o suprassensível, o intangível? Nossa mente pode desenvolver novas formas de se relacionar com o mundo exterior, fora os processos estudados pela psicologia e fenomenologia, e continuar evoluindo, nosso cérebro deverá evoluir com a mente? Os processos mentais estudados pelos fenomenologistas como Husserl e Heidegger são estruturas imagináveis, intuídas da forma como a mente processa os pensamentos e como passa a conhecer o mundo que está a sua volta. Mas, também podemos como Wittgestein reduzir tudo isso a mera questão de linguagem e jogo de conceitos, fruto já de uma mente que recebe uma tradição humana de idéias. Existem sim, noções a priori como Kant propunha e depois Descartes, pois já nascemos com alguns mecanismos presentes, como a procura por alimento (instintiva), a idéia de que há um ser maior (todas as civilizações acabam por buscar uma certa divindade), a idéia de que é preciso certos controles para vivermos em sociedade, a idéia de número, sabemos já de antemão que dois é diferente de um, mesmo que não utilizássemos a linguagem "dois" e "um", que fosse outra coisa, perceberíamos a diferença, ou por uma questão de percepção ou sensibilidade, ambas vinculadas e participes do mecanismo mental. Associado a isto podemos aceitar a idéia de tábula rasa de Locke, bem como o empirismo de Hume, não tão rasa, com algumas idéias já embutidas, acrescentando o que aprendemos pela experiência. Pensando em tudo isso, na complexidade de nossas mentes, fica a questão, podemos realmente aceitar certa ciência como o evolucionismo, ou tem mesmo um cheiro de charlatanismo por trás disso tudo?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Apocalypse Now

       4 dias de silêncio em respeito as vítimas do tsunami no Japão. Não tive coragem para escrever nestes quatro dias que se sucederam ao desastre em Sendai. Lembrei o 11 de setembro, o tsunami asiático de 2004, o do Haiti há pouco mais de um ano, e pensei que as trombetas do apocalipse devem estar soando. Imagine que alvo interessante para os terroristas estes reatores nucleares: Rússia, Brasil, EUA sofrendo os efeitos da radiação! Bem, não foram poucas as coisas que perpassaram em minha mente após os tremores japoneses, de modo que não conseguia me concentrar no trabalho, estudar para prova, ou sequer escrever. Acabei por estudar Heidegger nestes dias, de forma a tentar desviar um pouco o foco da atenção. Esta noite que se passou quase tive uma crise de nervos, parecia que tinha uma bomba a todo instante explodindo em minha cabeça, dormi menos de 3 horas. Ainda estou com sono, mas resolvi antes escrever este texto. Que desgraça! Quantas pessoas normais como eu, com filha e esposa, não sofreram o poder devastador da onde gigante e não estão até agora soterrados na praia de Sendai!
       Eu tinha alguns apontamentos que extraí do livro infracitado Tempos Interessantes, em que faço uma análise do corrompimento marxista em Hobsbawm, o que danifica de certo modo sua forma de ver sua época. Achei inútil nestes dias qualquer empreendimento desta espécie, se tudo acabara perdido pelo movimento das placas tectônicas. Coincidência ou não, há alguns dias o sol havia sofrido explosões em sua superfície, inclusive uma das maiores explosões já registradas, assim como o maio abalo sísmico já registrado no Japão. Aterrorizou-me ver na mídia a questão de se o Japão estava ou não preparado para suportar esta fúria da natureza. Por mais conhecimento que se tenha da questão, por mais medidas que se tome. Quem está preparado para receber um terremoto ou mesmo um tsunami? Asneiras midiáticas. Às vezes, desisto de ler jornais, para não falar de assistir televisão...
       Bem, além de tudo isso, parece que a Nasa está monitorando pedras que ameaçam a Terra. São muitas! Que tal uma colisãosinha capaz de deslocar o eixo da Terra mais uns 15 cm como fez o terremoto, ou mais e daqui  há pouco estaremos orbitando bem próximo do sol. Sei que é exagero, mas em meio há tantas ameaças, ainda temos que tentar planejar e pensar no futuro, caso contrário, cairíamos no niilismo, ou ainda na anarquia, talvez até sinônimos. Tanto o deslocamento das placas tectônicas quanto essas merdas de asteróides em nada tem haver com o lixo que jogamos no planeta, a não ser do ponto de vista religioso. Desculpem o tom apocalíptico deste texto, confesso que meus dias não tem sido bons. Mas ficamos por aqui, deixa-me acender mais um cigarro e preparar mais um copo com wiskey.

Só para assinalar, a imagem de "nosso tempo" (séc. XX) para o historiador Eric Hobsbawm é, como menciona em seu livro "absurdo, irônico, surrealista, mostruoso". (Tempos Interessantes - Uma vida no séx. XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. pág. 20-21)

Igan Hoffman
    

sábado, 12 de março de 2011

Eric Hobsbawm e seu livro Tempos Interessantes

Dou início a releitura do livro Tempos Interessantes - Uma vida no século XX  do historiador britânico Eric Hobsbawm. Já ao observar o título do livro algumas considerações perpassam de imediato pela minha mente. Essa obra de engenharia histórica autobiográfica, além de como esperado traçar a autobiografia de Hobsbawm, trata dos acontecimentos históricos correspondentes e que de certo modo , provocaram alguma influência no escritor, já sendo assim desde o início uma obra com determinados limites. É preciso entender que os acontecimentos narrados pelo autor estão sendo contados sob o prisma de um judeu, que fugiu com sua família para a Inglaterra e que agora é um ancião. Isto demonstra talvez a expressão de desdém com que Hobsbawm aparece em foto na capa do livro. O historiador está velho, o século XX passou, ele não sobreviverá ao futuro e por isso não pode acreditar em um amanhã melhor. Ainda sofre a impressão traumática dos regimes autoritários do seu século, o que o induz a pensar que o estigma do autoritarismo estará mais forte, mas, em contrapartida, obseramos os desmantelamentos dos regimes autoritários pelo mundo, reinvidicação social mesmo, por uma melhor econômia com abertura de mercado, diminuindo a miséria de seus povos. A China, de certo modo, manteve o regime autoritário de Hu Jintao, isto é, a ditadura de Mao Tse Tung, mas ainda assim o povo chinês sofre com a exploração da mão-de-obra, e as restrições impostas por um governo fascista. O que poderíamos identificar como sendo um paradoxo em Hobsbawm, é o fato de que o historiador, conhecedor da história é óbvio, que presenciou a brutalidade de um regime como o nacional-democrata na Alemanha e o Comunismo de Stálin na URSS, acabou por se tornar um membro efetivo do Partido Comunista Inglês e um marxista ferrenho. Ainda bem que hoje ele já reconhece as fragilidades do marxismo. O importante é termos a consciência de que, todos estes aspectos devem ser considerados quando lemos uma obra como a que apresento aqui.

Igan Hoffman

sábado, 5 de março de 2011

Explosões Solares e Jesus Cristo

        Já escolheu como gostaria de passar as suas últimas horas de vida? Bem, acredito que você já saiba que há alguns dias o nosso Sol, aquela estrela lá em cima que aparece de dia, que aquece a Terra e a ilumina, está passando por uma série de explosões. Pelo menos, é o que dizem vários sites de notícias pela internet ( http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/881788-explosao-solar-e-misterio-para-ciencia.shtml ) e também é tema de uma matéria da revista Veja desta semana. Bem, pelo que consta no conteúdo destas matérias isso já não é a primeira vez que acontece, e também nem são as mais intensas explosões solares já registradas. O que figura é certa possível interferência em alguns satélites e meios de comunicação em virtude da radiação liberada por estas explosões. Em alguns sites li que uma das explosões registrada nos últimos dias do mês de fevereiro foi uma das maiores já registradas pelos telescópios solares até agora, e que afetou a comunicação dos submarinos. Explosões do tipo podem afetar o sistema de GPS e com isso as máquinas de cartão de crédito que se utilizam do mesmo sistema, a comunicação aérea e até gerar panes elétricas. Bem, para mim, tudo isso vem apenas denotar o quanto é frágil todo nosso sistema, o quanto somos vulneráveis de modo que um simples grão de areia que entrar nessas engrenagens será capaz de parar todo o mundo modernizado. Caso aconteça, por exemplo, de o sol perder energia com as explosões, de se distanciar da terra caso uma explosão dessas interfira em seu estado, ou em último caso caso ele venha a explodir, o que aconteceria conosco? Imagino que seja algo difícil de prever e até imaginar, conjeturo que nada como morrermos de frio, no escuro, ou coisa parecida aconteceria. Seria tema de um dos filmes hollywoodianos facilmente, pois esta idéia estaria presente na mente do Steve Spielberg por exemplo, é só ficção. Qualquer evento que venha interferir na gravidade do sol vai também provocar interferências gerais em todo o sistema solar, o fim seria muito repentino e não traria qualquer chance de escapar ou mesmo tentar se reconciliar com Deus. Não chegariam nem mesmo a ouvir qualquer trombeta.
       É assim, na morte queremos acreditar em Deus, o ser humano precisa dessa defesa. Faz parte da psiquè humana buscar algo que preencha esse vazio que é a morte. Enquanto alguns morrem, e os outros ficam, ainda fica um pouco deste que morre para os outros. Entretanto, quando todos morrem, o que resta? Se você tem medo de morrer absolutamente, não tendo qualquer contato posterior com o que você foi, caindo em um sono sem sonhos, um breu total, pior que um breu total pois não resta nem a consciência de que é um breu total, então, resta acreditar em Deus e na vida após a morte, qualquer coisa do gênero. Agora se você não tem receio algum em desaparecer desse planeta para sempre sem ao menos saber que desapareceu, então, bem, foda-se, pois é exatamente isso que você está desejando a si mesmo e aos demais que já morreram ou ainda vão morrer. A morte é certa, as pessoas realmente morrem, vejo isto quase todos os dias.
       Não sei, parece-me que os gregos tinham uma relação com a morte muito mais madura que a que temos atualmente, não encontramos muitos relatos gregos de vida após a morte, e a civilização grega oriunda por exemplo da Mesopotâmia e do Egito, é uma das civilizações mais antigas do mundo. Os gregos não tinham religião, tinham mitologia. Os Egitos não possuíam também religião, divinizavam um ser humano, que era a figura do Faraó. Os egípcios parece que tinham uma preocupação com o pós-morte em vista de que embalsamavam os seus corpos para conservá-los caso algum dia eles voltassem e precisassem dos mesmos corpos. Já os gregos, o que faziam com os mortos ou o que pensavam a respeito daqueles que morriam? O que dizem é que havia uma certa crença na alma, que sobreviviria ao corpo após a morte, no entanto, ainda parece muito especulativa essa posição, pois parece mais uma manifestação cristã do que realmente grega. É, se o sol se apagar, é melhor você começar a correr e ir estudar a Bíblia, ver logo que tipo de sujeito você precisa ser para entrar no reino dos céus, porque acaso vá para o inferno, seria melhor ter tido um sono sem sonhos. A Bíblia parece ser mesmo a chave, um livro tão antigo, com tantas histórias, tão completo, inicia-se pela criação do mundo, segue pela perdição humana até o resgate do homem por Jesus, e descamba no Apocalipse que muito tem haver com o momento em que vivemos. Nada parecido até agora foi escrito, e ainda por tantos autores! Há realmente contradições entre eles, mas há também certas coisas inexplicáveis, como quando no Antigo Testamento alguém já dá indícios de que virá o Salvador, e no Novo Testamento ele está presente. Outra visão importante a ser considerada é que, por mais que se aponte o Cristianismo como moral do fraco, que tende a impulsionar a humanidade para baixo, os valores pregados por Cristo são valores indubitavelmente humanos, que melhorariam muito o convívio, melhorariam muito o tipo de sujeito que somos, mas é uma pena que o único cristão verdadeiro, o único que conseguiu seguir os preceitos cristãos em seu rigor, foi o próprio Jesus Cristo. Esta semana coloquei a seguinte questão para um amigo teólogo: "Jesus é o caminho da Salvação, nesse caso, como fica o selvagem que mora em meio a floresta e que nunca, mas nunca mesmo viu um outro ser humano, que não um outro selvagem igual a ele? Se perguntarem para ele quem é Jesus Cristo, ele não vai saber nem mesmo pronunciar este nome. Ou também, como fica o indiano pobre, que nasceu e sempre viveu na região mais pobre da India, com outros tantos indianos pobres como ele, e que tem como verdade insondável o Bragavad Gita do hinduísmo, e que jamais topou com outro tipo de conhecimento religiosos e jamais chegou a ouvir o nome de Cristo? Nesse caso, não seria Jesus uma informação?" Ao cabo que ele me respondeu: "com certeza você não é o primeiro a fazer este tipo de questionamento, existe vários livros de teologia sistemática que se ocupam de responder questões desta espécie, eu não sei te dizer qual a resposta para tua pergunta, porque não tenho a resposta para todas as perguntas. O que posso dizer é que ninguém pode se justificar dizendo que nunca ouviu falar em Cristo, no mundo globalizado como está hoje, na quantidade de missionários encarregado de levarem os ensinamentos de cristos a paragens mais longínquas, mais inacessíveis, etc.´" Só um pequeno trecho de meus quase vinte minutos de diálogo com este teólogo. Em post futuro, caso o mundo não acabe, pretendo posta o diálogo inteiro, em vista de eu ter gravado tudo, apesar de que ainda não chegue a receber a aprovação dele. O tal teólogo nem sabe que eu gravei, bemdita modernidade! Por ora, só queria trazer algumas reflexões sobre a forma como as coisas estão em meu espírito, e estas novas explosões solares que iniciam este prolixo texto só vieram a fomentar a necessidade de transmitir estas idéias a vocês. Bom carnaval!
Que Deus os abencoe!...

Igan Hoffman

quarta-feira, 2 de março de 2011

Estatística mês de Fevereiro.

Até o dia 07 ainda tive um número de visitas considerável, após foram diminuindo. Acredito que isso se deu pelo fato do pessoal ter retornado aos estudos, assim como eu, ou mesmo ao trabalho normal. Mas talvez não, talvez meus textos tenham ficado ruins, não sei.

Minhas últimas postagens não ganharam comentários, conversei com algumas pessoas via twitter que me disseram ser difícil de comentar pois não tinham opinião formada a respeito. É difícil pensarmos com originalidade, e quando temos que declarar um ponto de vista crítico, como sobre Stalin, ou sobre Evolucionismo x Criacionismo, mantemos distância, pois temos dificuldade em estabelecer uma ordem em nosso raciocínio que nos permita opinar de forma racional. É bem mais fácil opinar sobre sentimentos, ou levantar crítica sobre a forma como se escreveu, agora quando o fato exige do interlocutor uma abordagem mais ativa, a tendência ao retraimento é substancial. Essa comprovação é evidente sendo meus últimos dois posts os únicos sem comentários até agora. Fiquei bastante surpreso e desanimado, mas vou tentar manter o espírito e esquecer esse momento. Talvez encontra leitores mais entusiasmados divulgando meu blog por aí, ou quem sabe dê a sorte de retornar a ser lido com mais assiduidade pelos meus leitores de antes. Talvez esteja sendo injusto com essas palavras, ou com as pessoas que por aqui já muito contribuíram, se assim for, espero que possa ser perdoado.
Falar nisso, se for difícil a expressão com palavras, talvez seja mais fácil com um click. No topo da coluna da direita abri uma enquete sobre Criacionismo x Evolucionismo, por favor, votem.

terça-feira, 1 de março de 2011

Criacionismo x Evolucionismo

Tanto o Criacionismo quanto o Evolucionismo continuam inapreensíveis. O Criacionismo, como a origem do homem a partir da criação divina, pode cientificamente nos escapar, porque está inserido em nossa gnose mítica, e por isso entra no mecanismo da fé. Já o Evolucionismo contêm em seu bojo algumas considerações científicas, mas é observável os infinitos hiatos existentes em suas explicações, como o surgimento em uma determinada época de um suposto tipo de homem e em outra de um outro suposto tipo de homem, já diferente do primeiro. Se o que houve nesse gigante hiato foi mesmo produto de evolução, ou o aparecimento em dois lugares distintos e em épocas diferentes, tipos diversos de homens que vieram depois a sucumbir, tudo não passa de mera hitótese, em que a prova científica, como se prova uma equação matemática, acaba por também nos escapar. Que escolha então fazer? Se hoje ainda não possuímos os meios necessários para se chegar a tal definição de resultados, o normal é que se pense em pelo menos que tipo de civilização pretendemos constituir, sabendo já de antemão que a escolha destes problemas, "Criacionismo x Evolucionismo", influenciará efetivamente nos tipos de sociedades futuras. Nesse sentido, temo pelo Evolucionismo, pelos tipos que ele já ajudou a formar, como por exemplo Stalin e Hitler que declararam abertamente serem influenciados pelo evolucionismo darwinista. Hitler, se não estou enganado, fez isso em sua autobiografia, conhecida pelo título de "Minha Luta", ou "Mein Kampf". Se amanhã ou depois chegarmos as respostas verdadeiras para tal problema, e se por ventura tivermos escolhido seguir o caminho errado, pelo menos nossas sociedades não se prejudicaram por isso. Quando não se tem como definir uma conduta, devido a insuficiência das provas, a melhor conduta a tomarmos será sempre a menos ameaçadora.