terça-feira, 24 de julho de 2012

Liberdade Vs. Engajamento


       Hoje tive a idéia de um livro qeu provasse ser o Engajamento em Sartre contrário a sua noção de lIberdade. Falo da liberdade não no sentido que ela aparece em sua obra O Ser e o Nada, mas mais no sentido em que Sartre desenvolve no Diário de uma Guerra Estranha, talvez em sua autobiografia e nos seus romances. A mesma liberdade que fez com que nunca mais aceitasse cargos públicos depois da sua renúncia de ser professor. A liberdade que fez com que recusasse por exemplo o Nobel em literatura. Escrevi então o tema no Word: "Contradições em Sartre: Liberdade Vs. Engajamento", depois escrevi o seguinte parágrafo: "Sartre foi, entre os filósofos franceses, o menos engajado. Roger Garaudy, por exemplo, era deputado; André Malraux era Pimeiro Mnistro da Cultura, na França, nomeado pelo general Charles de Gaulle; Raymond Aron em 1934 torna-se secretário do Centro de Documentação Social da ENS e passou a exercer após a Sgunda Gerra Mudial grande influência nos debates políticos sobre a liberdade cultural na França. Sartre então é membro do P.C. francês, intervém política e filosoficamente na ocupação da Argélia, também é chefe-fundador da revista Les Temps Modernes". Ao cabo desse parágrafo sucitou já em meu espírito certas dúvidas a respeito da veracidade do tema inicialmente proposto. Temi que a tese não se confirmasse. Sartre não era assim tão pouco engajado. Ele não poderia ser o próprio exemplo da contradição. Bem, mas ainda valeria estudar o tema proposto e ver se realmente, enquanto Sartre foi como ele mesmo definiu se engajando, o quanto foi perdendo de sua Liberdade. Outro motivo de receio que o prarágrafo acima descrito suscitou foi o do grande trabalho de pesquisa que eu teria de desenvolver para chegar a comprovar o tema ou refutá-lo de uma vez. Talvez se eu partisse por outro caminho, ignorando se Sartre estava ou não perdendo sua liberdade ao se engajar, mas apelando para uma abordagem mais técnica e filosófica, o trabalho de pesquisa seria menor. 

       Depois do parágrafo escrevi a seguinte linha: "A idéia de liberdade é paradoxal a idéia de engajamento. Quanto mais engajado o indivíduo menos livre ele se torna". Agora o que falta é mesmo muita pesquisa. Um livro desta espécie não se desenvolve em algumas semanas, normalmente demroa meses e até anos para ser concluído, mas poderá ser uma obra capital. Está lançada a questão, não sei nem mesmo por onde começar. Talvez a priori eu deveria investigar as duas teorias, a da liberdade e do engajamento, para só depois cruzá-las e ver se elas mesmo não se auto-eliminam. Enviei a questão para um filósofo especialista em Sartre, André Yasbek a princípio ele não vê contradições. Talvez a pesquisa nem devesse se iniciar... Vou aguardar o Yazbek retornar novamente para ver até que ponto faz sentido discutir a respetio do assunto. Até lá, qualquer comentário será de bom grado.

domingo, 22 de julho de 2012

Criacionismo X Evolucionismo (A Solução Final)

Dia 1º de março de 2011 eu postei o seguinte texto:
o qual eu dava indícios de que o Criacionismo não carece nem de longe de legitimidade em relação ao Evolucionismo. Esta semana tenho recebido alguns comentários sobre este post, que me induziram a repensar a questão. Concordo que me precipitei quando falei de Hitler, mas não é mentira que ele foi influenciado pelo Evolucionismo de Darwin. Também reconheço a pobreza do texto, e a superficialidade da análise. Esboçarei duas regras que elucidam melhor a questão. Pois bem, eis onde de fato consegui chegar:

É impossível chegar a nossas origens sem ser pela fé. A arqueologia não é perfeita e muito menos completa, e nunca será. O que temos são hipóteses, evidências, nada de absoluto. Partindo desse princípio, ou acreditamos ou não. Se a questão é acreditar ou não, é uma questão de fé. Se for fé o que precisamos ter nas ciências, de nada difere em se ter fé em Deus. Fé é fé.

2ª Somente um Deus poderia acrescentar vida na matéria e principalmente, consciência.
Observado estes dois postulados, que para mim são lógicos, não há outro caminho possível a não ser acreditar que foi um Deus quem nos colocou nesse mundo, seres dotados de consciência e não a teoria de que evoluímos do macaco.
Resta ainda dizer que a ciência é uma convenção. Sabe-se que não se pode em tese avançar do 0 para o 1, pois existem aí infinitos números, a exemplo 0.1, 0.11, 0.111... infinitamente. Da mesma forma Ainda a respeito, Einstein dizia mais ou menos assim: posso afirmar que esse objeto que acabo de soltar, fez um movimento de queda retilíneo, e se chocou ao solo, mas não posso afirmar que quando eu soltá-lo novamente irá fazer o mesmo movimento. Óbvio, convenciona-se que sempre que eu soltar um objeto ele vai de encontro ao solo, mas necessariamente não será sempre assim. Acredita-se nisso. Então, a ciência é um ato de fé. Mas na situação do Evolucionismo x Criacionismo, está na minha compreensão que o Criacionismo parece muito mais legítimo que o Evolucionismo, pois acrescenta o elemento Deus, único possível a dar sentido a toda a estrutura universal. Sem esse elemento, caímos direto no niilismo e no absurdo. Não é o caso de sermos hipócritas, mas de aceitarmos que não há possíveis sem Deus.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Balanço Parcial

Começa a segunda metade do ano de 2012. Desejo que esta segunda metade seja muito mais profícua que a primeira. Evidentemente, isso dependerá apenas de mim, seguindo a lógica sartreana. E nada está de fato garantido. 

Revestida com uma túnica de hipocrisia, essa primeira metade do ano foi covarde. Terminei minhas postagens dessa primeira metade, relatando o horror dos massacres sírios, os quais ainda não cessaram de acontecer. Até o momento também não está bem certo se são de responsabilidade do governo Sírio ou das milícias. 

Após o texto sobre os massacres sírios, nada mais escrevi que merecesse constar no blog! Senti-me desencorajado por um motivo até agora desconhecido. Sinto-me doentio também. Pelo menos o frio aguça o intelecto, no meu caso. Destarte, retornei à leitura do livro Diário de uma Guerra Estranha, do francês Jean-Paul Sartre. Livrinho inspirador! 

Semana passada empreendi uma viagem de carro até Montevidéu, capital do Uruguay. A paisagem quase sempre bucólica me trouxe um certo sentimento de tranquilidade. Fui pelo Chui, ou Chuy para os Uruguaios. Essa pequena cidade no fim do nosso país, é brasileira apenas no papel, como mesmo dizem seus habitantes, pois sua cultura é praticamente uruguaia. A origem dessa uruguaização do Chuí, deve ser bem antiga. O interessante é que não consta nos livros de geografia, ao menos, nos livros que estudei na época do Ginásio no Colégio Walter Holthausen com a professora Cleusa. 

Bem, conservados as impressões que uma viagem como esta pode fornecer ao nosso espírito - como a beleza da escutura do artista Artigas na Plaza da Independência em Montevidéu -, esse empreendimento foi muito mais uma provação do que meramente um lazer. Vencido o desafio, o que resta? A vontade talvez de criar novos desafios herdada talvez até da sensação de que o desafio não era tão grande assim; ou ainda, o desejo de se aquietar em seu canto, pois não há nada de tão grandioso para se observar e aprender que eu não possa retirar das minhas leituras, da própria navegação na internet. Tudo é ao mesmo tempo tão grande e tão pequeno. Tão grande, a viagem é longa, 2600 Km aproximadamente. No entanto, a paisagem se repete, as pessoas são parecidas, os lugares também. Em essência, não se aproveita quase nada.


Com esse texto fica consagrada a entrada na segunda metade de 2012.